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Roger mostra insatisfação com dirigentes brasileiros
Terça-feira, 25 Dezembro de 2001, 21h59

Rio - Roger cansou de ouvir, todo final de ano, que os clubes do Rio precisam se adequar à realidade do país e que os jogadores mais bem pagos precisam renegociar seus contratos. Mesmo tendo a certeza de que seu salário deve ser preservado pelo clube, o principal jogador do Fluminense não disfarça uma certa decepção com os dirigentes brasileiros.

Ele procura preservar os cartolas tricolores, mas vê com olhos bem críticos a administração dos clubes. Quando o assunto é renegociar salário, ele dá um aviso.

“Não aceito de jeito nenhum. O que está assinado, comprometido, não pode ser mexido. Nem me chamem para conversar. Hora de negociar salário é quando um contrato acaba e outro será assinado. Posso até passar a ganhar menos no outro contrato, mas aí é o mercado quem vai dizer.”

Os salários atrasados, realidade que agora chega ao Fluminense, também incomodam o meia. “A gente fica chateado. Trabalha e tem direito. Mas no Fluminense os dirigentes são honestos e, ao menos, dão satisfação aos jogadores, dizem quando pretendem pagar. O clube deu uma derrapada neste final de ano, mas a gente entende.”

Segundo Roger, ao invés de procurar alterar contratos assinados, os clubes brasileiros deveriam aprender a se planejar. “Tem muita gente ruim trabalhando no nosso futebol. Se fizessem um planejamento, levando em conta todas as receitas do clube, ao invés de colocar os pés pelas mãos, daria para pagar em dia a todo mundo.”

Roger sabe que o Benfica gostaria de tê-lo de volta antes do fim do empréstimo, no meio do ano que vem. O meia, no entanto, mesmo preferindo não garantir de forma inequívoca a sua permanência no clube, diz que não pretende falar do assunto antes do fim das férias. “Até o dia 5 de janeiro eu não atendo telefone, não leio jornal e não falo com ninguém. Só vou cuidar deste assunto quando voltar de férias, mas meu contrato é com o Fluminense.”

Otimista para 2002, Roger se diz satisfeito pela permanência da comissão técnica, mas teme que a crise financeira faça o time ser enfraquecido. “O importante é manter a base. Dá para sonhar com títulos, desde que a maioria dos jogadores permaneça no elenco.”

L! Sportpress

 

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