Londres - Os clubes que assinarem contrato com seis jogadores cubanos que desertaram, sem autorização da Federação Cubana, podem ser suspensos de todas as competições internacionais, disse a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) na terça-feira.
``A Federação Cubana exige que a FIVB entre em ação para proteger seus direitos sobre os jogadores'', disse a FIVB em nota à imprensa.
Os seis jogadores, incluindo o capitão da seleção cubana e o filho da presidente da Federação Cubana, pegaram um trem para a Itália depois de um torneio na Bélgica, há duas semanas, abandonando a seleção.
Um dos jogadores está morando na cidade de Ravenna, no norte da Itália, enquanto que os outros cinco estão treinando com o time Romavolley, de Roma, mas não podem atuar pela equipe, já que o limite de jogadores estrangeiros da equipe já está preenchido com outras estrelas cubanas.
``É apenas uma questão de tempo até que eles encontrem uma equipe para jogar'', disse na semana passada o porta-voz do Romavolley, Roberto Stracka.
A FIVB disse que jogadores que saiam sem a aprovação das federações nacionais precisam ficar sem jogar por dois anos e depois ainda precisam de um certificado de transferência.
O ex-capitão cubano, Ihosvany Hernandez, disse que quer jogar na Itália por causa da forte cultura esportiva do país e porque os jogadores ganham mais na Europa do que em Cuba.
Os outros desertores são: Leonel Marshall, filho do presidente da federação, Jorge Luis Hernandez, Angel Dennis, Yasser Romero e Ramon Gato.
A seleção cubana terminou em sexto lugar nas Olimpíadas de Atlanta.