Rio - A possibilidade de uma intervenção estatal ou do Ministério Público na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) parece se enfraquecer a cada dia.
Segundo o senador Geraldo Althoff (PFL-SC), relator da CPI do futebol, a Medida Provisória que será editada no início de fevereiro não prevê uma eventual intervenção na entidade, ao contrário do que vem sendo alardeado desde que o relatório final da CPI foi aprovado por unanimidade, no final de novembro do ano passado.
"Não constará a possibilidade de uma intervenção direta, mas daremos instrumentos para que o Ministério Público seja acionado e investigue os desmandos nas entidades suspeitas", explicou o parlamentar.
Segundo Althoff, a demora para a edição da medida se deve aos cuidados que têm sido tomados por ele e pelo Ministro dos Esportes, Carlos Melles, para que não haja inconstitucionalidades na MP.
O senador garante que o conteúdo da medida já está definido, sendo o item mais relevante o que diz respeito à transformação das entidades esportivas em empresas. Althoff declarou que a MP só não sairá se for barrada pelo Poder Executivo.
"Ela só não sairá se o Governo Federal recuar, mas não acredito nisso. O Presidente Fernando Henrique Cardoso muito disposto a nos ajudar. A MP será o coroamento do trabalho feito pela CPI", ressaltou.