Rio - O vice-presidente do Grêmio, Jayme Eduardo Machado, admitiu hoje que o Grêmio poderá ficar muito tempo sem receber a indenização de US$ 5,9 milhões pela transferência de Ronaldinho para o Paris Saint-Germain.
Machado, que está na Suíça para tratar do caso junto à Fifa, demonstrou um certo conformismo diante da burocracia que costuma entravar assuntos do gênero. "Isso demora mesmo. Veja o caso do Athirson, que já tem quase dois anos. Recém agora saiu o parecer final, com o retorno dele ao Flamengo", comparou o dirigente do Tricolor gaúcho.
Machado revelou que o PSG está tomando medidas para retardar o pagamento, já determinado pela Fifa em novembro do ano passado. O clube francês contesta o valor da indenização e, além disso, argumenta que o caso deveria ser regido pelo novo regulamento da entidade, em vigor desde 1º de setembro.
Pelo antigo regulamento, a Fifa era a instância final. Pelo novo, cabe recurso à sua decisão através de uma Comissão de Arbitragem nomeada pela própria Fifa. Machado acrescenta uma observação.
"A Fifa está com medo do PSG. Teme que o clube entre na Justiça Comum, onde ela já sofreu derrotas em ações semelhantes. O que a Fifa parece querer é que o PSG e o Grêmio busquem um novo acordo. E isso nós não admitimos".