Belo Horizonte - A possível vinda do meia Beto para o Atlético-MG não só tem o aval do técnico Levir Culpi, mas também sua influência direta na negociação. Quem revela é o próprio jogador.
Do Rio de Janeiro, onde aguarda a definição quanto a seu futuro este ano, Beto contou do telefonema que recebeu do treinador, com quem trabalhou no São Paulo em 2000, pedindo para que vá para Belo Horizonte. Mas ele admite que a falta de acordo a respeito de seu salário pode levá-lo para o Corinthians, que também tem interesse em contratá-lo.
“O Levir me ligou e perguntou como estou fisicamente. Falei que agüento só um tempo. Aí ele disse: então, calça as chuteiras e vem para cá correndo", contou Beto, que acredita numa definição a respeito de qual clube irá defender em 2002 ainda nesta sexta.
Ele aguarda apenas a resposta do Atlético quanto ao salário que pretende receber, para poder se mudar para Belo Horizonte ou acertar com outro clube. Além de Corinthians, o meia confirmou ter propostas de Grêmio e Santos.
No Flamengo, seu salário era de R$ 90 mil. Beto garante que o que pede para o Atlético é “um pouco mais que isso". E não considera que o valor seja alto a ponto de não acertar com o clube mineiro.
“Estou pedindo o que mereço, quase igual ao que o Flamengo me ofereceu para renovar comigo. Só que eu não aceitei, pois quero mudar de ares", contou o jogador, que é dono do próprio passe e chegou a acertar com o Panathinaikos, da Grécia, mas acabou desistindo.
Beto não quis antecipar se seu futuro está mais para Belo Horizonte ou São Paulo. Só disse que prefere jogar em um clube vitrine, já que pretende ser convocado por Luiz Felipe Scolari para disputar a Copa do Mundo. “Quero ir para onde for melhor para mostrar meu futebol. A Seleção está precisando de alguém que jogue pela direita. E, se eu for para um time grande, crescem as chances de ser chamado", salientou o meia.
Carlos Alberto Parreira, treinador do Corinthians, quer um jogador que atue pela direita e de muita raça, para substituir Marcelinho Carioca. E Beto encabeça a lista de opções. “É, fiquei sabendo disso. E eu me encaixo mesmo nessas características", afirmou.
Como todo jogador sondado para defender o Atlético ou contratado pelo clube, o meia logo tratou de elogiar a torcida. Irônico, revelou adorar jogar no Mineirão lotado. “São torcedores muito fanáticos. Era muito bom fazer gols e ver todo mundo calado", contou, entre risadas, o meia, que tem no Galo os amigos Guilherme, Marques, Cleison e Ramon.