Santiago de Chile - O Colo Colo chileno conseguiu salvar da destruição o seu estádio, pelo menos por enquanto, por pertencer a uma sociedade diferente ao clube, disse neste sábado, um membro da diretoria.
O ex-vice-presidente e atual diretor do Colo Colo, Luis Baquedano, se reuniu com o comandante da demolição, Juan Carlos Saffie, que na sexta-feira assumiu a administração dos bens do clube após a juíza Helga Marchant declarar a sua demolição na quarta-feira por dívidas não pagas a uma empresa de serviços.
Saffie assumiu sábado o Estádio Monumental David Arellano, na região este de Santiago, para continuar com o processo de apreensão e se reunir com membros da diretoria.
O diretor Luis Baquedano disse que o Colo Colo não é o único dono do imóvel, no qual só tem uma participação.
"Para que os torcedores fiquem tranqüilos, o estádio Monumental não pode ser vendido, pois é uma sociedade anônima aberta, na qual o Colo Colo tem uma participação, mas que não lhe dá a posse", disse aos jornalistas.
A juíza Helga Marchant divulgará na segunda-feira sua decisão em relação ao recurso apresentado pelos advogados da instituição para impedir a demolição depois de pagar parte das dívidas de 270 milhões de pesos (cerca de 405.000 dólares) que a instituição mantém com a empresa Aliança Chilena de Leasing.
Mas, as perspectivas não são otimistas para o único clube chileno vencedor da Copa Libertadores da América (1991), já que o zagueiro Juan Carlos González, que jogou pela equipe, se juntou aos credores por uma dívida de 160 milhões de pesos (240.000 dólares).
Esta é a maior crise financeira e futebolística do clube e que pôs em xeque os atuais diretores, comandados pelo empresário Peter Dragicevic, que no entanto se negou a renunciar.