Rio - O treinador Carlos Queirós já tinha problemas de sobra com o mau início de competição da África do Sul na Copa da África, que acontece em Mali, quando dois jornais sul-africanos o acusaram de usar práticas racistas na seleção.
O "City Press" e o "Sunday World", dois tablóides de Joanesburgo, afirmaram que o técnico escolheu muitos jogadores mestiços e brancos para a equipe, deixando de fora jogadores negros.
Os jornalistas acusam ainda Queirós de ter provocado uma divisão na equipa. Saliente-se que o treinador expulsou Sifiso Cele, jornalista do «City Press», de um dos treinos, depois de acusá-lo de originar problemas. Por sua vez, vários técnicos que orientam equipas sul-africanas acusam Carlos Queirós de ser fraco estrategista.
Um dos dirigentes da federação sul-africana presentes no Mali, Buck Molatedi, saiu em defesa do treinador. “Os jornalistas que fazem essas críticas são torcedores e não estudiosos do futebol. Sentem-se frustrados por a equipe não vencer. Inventam histórias para provocar a demissão do técnico. Os jogadores estão um pouco nervosos porque ainda não jogaram bem, mas não há divisões.”
Esta não é a primeira vez que Carlos Queirós tem sido criticado por treinadores que orientam equipas sul-africanas, particularmente por Ted Dumitru, romeno que dirige o Mamelodi Sundows. “Esses técnicos nada disseram quando a África do Sul se classificou para o Mundial. Estão fazendo barulho porque querem expulsar Queirós e ocupar o seu lugar, mas isso não vai acontecer”, afirmou Molatedi.