São Paulo - Sem Luizão, Dida e Kléber, que estão na Seleção, e com Vampeta de volta, mas ainda fora de forma, o Corinthians, nesta quarta-feira, é Ricardinho e mais dez. Autor de três gols em três jogos (dois oficiais e um amistoso), o meia se transformou no "dono do time" neste início de temporada.
No Timão de hoje, tudo passa por Ricardinho. O contra-ataque é ele quem puxa; os lançamentos partem dos pés dele; o toque magistral que deixa o atacante na cara do gol é ele quem dá. Não à toa, o técnico Parreira faz uma espécie de ode ao seu principal jogador.
"Ele imprime velocidade ou cadencia o jogo conforme a necessidade. de-se dizer que ele é o maestro do time", afirma o treinador.
Do terceiro goleiro, Rubinho, ao atacante Gil, maior beneficiado por dividir o setor esquerdo com Ricardinho, todos no Corinthians se renderam ao camisa 11. Todos menos ele.
"Eu não jogo sozinho, a responsabilidade é de todos. O time que quer vencer tem de ter vários jogadores de qualidade", diz Ricardinho.
O Timão pode até ter qualidade, mas não há mais jogadores que chamem a atenção como "Marcelinhos", "Rincóns", "Edílsons"... Sobraram ele e Luizão. E, quem sabe, Vampeta.
Hoje, no esvaziado clássico contra o Santos, na Vila Belmiro, Ricardinho é, sim, uma estrela solitária. Até porque o desafeto Marcelinho, ex-Santos, tenta acertar sua vida no Japão. De craque do clássico do Brasileiro de 2001, sobrou o próprio Ricardinho.
"Aquele jogo teve uma promoção muito grande por parte da imprensa, mas, para nós, este é tão importante quanto aquele. A rivalidade entre Corinthians e Santos sempre vai existir", discursa o meia, como sempre, econômico nas palavras.