Buenos Aires - Diego Maradona está disposto a colaborar com o governo do presidente Eduardo Duhalde, segundo confirmou na quarta-feira o ex-jogador argentino.
"Não tenho problemas (em colaborar), mas não quero que isso se torne uma questão política e depois digam que eu cobrei por fazer isso ou aquilo", disse Maradona a uma rádio local.
"É um desafio muito bonito para mim e eu o tomarei se tiver as condições...porque antes de tudo sou argentino", acrescentou o ex-capitão da seleção da Argentina.
O convite para que Maradona ajude o governo argentino com sua experiência no mundo do esporte foi anunciado na terça-feira pelo secretário de Turismo e Esportes, Daniel Scioli.
Maradona, que já criticou Duhalde, disse que deixará de lado as diferenças com o presidente pelo bem do país. "Eu critiquei Duhalde e sigo com a mesma forma de pensar, não vou mudar nenhuma vírgula do que disse, mas neste momento não se pode levar em consideração quem você não quer ou odeia", comentou.
O principal jogador seleção argentina que foi campeã do mundo em 1986 e vice-campeã em 90 foi nomeado embaixador esportivo pelo ex-presidente Carlos Menem -rival de Duhalde- na década de 1990. "Estou viajando para Cuba (onde continua um tratamento contra drogas), mas deixo (seu representante e amigo) Guillermo (Cóppola) para falar com (o secretário de Turismo e Esportes) Daniel (Scioli)", disse Maradona.
O ex-jogador comentou qual seria sua tarefa no governo da Argentina, que enfrenta uma grave crise social, com um terço de seus 36 milhões de habitantes na pobreza. "O que eu faria seria ajudar as crianças, os pobres. Na Capital Federal faltam lugares para as crianças jogarem futebol, sem falar no restante das províncias do nosso país", afirmou.