Milão (Itália) - Gianmauro Borsano, ex-presidente do Torino, clube da Primeira divisão italiana, não se apresentou nesta segunda-feira, à audiência pelo suposto pagamento não declarado de parte da contratação que transferiu o jogador Gianluigi Lentini do Torino para o Milan.
O processo tenta esclarecer o suposto pagamento do Milan ao Torino, há 10 anos, de 10 bilhões de liras (5 milhões de dólares) não declaradas. Além disso, tenta esclarecer os 18 bilhões de liras (9 milhões de dólares) com que o acordo foi fechado oficialmente.
O pagamento desta suposta quantia foi reconhecido aos investigadores pelo próprio Gianmauro Borsano, motivo pelo qual estão acusados Silvio Berlusconi, presidente e proprietário do Milán, Adriano Galliani, vice-presidente e administrador delegado do clube milanês, e o advogado Massimo María Berruti, que teria preparado o contrato.
Os três imputados estão submetidos a julgamento na segunda seção do Tribunal Penal, sob a acusação de suposta falsidade no balanço.
Na audiência de hoje, estava prevista a presença de Borsano, que não compareceu.
Outras testemunhas investigadas compareceram, mas não quiseram responder. Entre eles estava o dirigente do grupo Finivest (propriedade de Berlusconi) Giuseppino Scabini.
Mas, Carlo Ferracini testemunhou, lembrando as fases da transferência de Lentini e, segundo as agências italianas, declarou que "dois clubes, o Juventus e o Milán, estavam dispostos a fazer parte do pagamento não declarado". O julgamento continuará no dia 11 de março.