São Paulo - Quadra rápida e coberta não é o ponto forte dos tenistas brasileiros. Mas o piso utilizado no confronto entre Brasil e República Tcheca, a partir de sexta-feira, em Ostrava, favorece o uso do saque como arma contra os tchecos, de acordo com o capitão da equipe brasileira, Ricardo Acioly.
"Temos de usar isso a nosso favor, ou seja, forçar e variar o saque, ganhar o máximo de pontos com o primeiro serviço. Numa quadra tão rápida, será comum qualquer jogador sair de desvantagens perigosas com bons saques", disse Acioly, que comanda a equipe que chegou à República Tcheca na semana passada.
"A quadra de tapete emborrachado está bem rápida e faz a bola escorregar muito, mas estou satisfeito com a facilidade com que todo o grupo se adaptou ao piso", acrescentou o treinador, que levou o experiente Fernando Meligeni e os novatos André Sá, Alexandre Simoni e Flávio Saretta para o confronto.
Acioly vai esperar os treinos de quarta-feira antes de informar ao próprio grupo quem vai disputar as primeiras partidas individuais da sexta-feira.
"Nós temos um canhoto na equipe -- o Meligeni -- que pode jogar tanto em simples como em duplas. Se eles não souberem quem vai jogar, não poderão treinar coisas importantes como as devoluções de saque canhoto. Ou podem ficar preocupados com isso e treinar desnecessariamente", afirmou.
Jiri Novak e Bohdan Ulihrach deverão ser os titulares de simples da equipe tcheca, na opinião de Acioly, que tem assistido aos treinos adversários.
"Os dois preferem atuar no fundo de quadra, sem subir tanto à rede após o saque, o que pelo menos vai dar algum ritmo aos brasileiros. A vantagem deles é que colocam menos efeito na bola, que vem rasante. Mas acredito que vamos conseguir trocar bolas e jogar pontos", afirmou.