Sydney - A Austrália quer que os finalistas da Copa Davis sejam considerados pré-classificados, disputando o torneio a partir da segunda rodada na temporada seguinte.

A Austrália, sem contar com seus três melhores jogadores, Lleyton Hewitt, Patrick Rafter e Mark Philippoussis, foi desclassificada pela Argentina na primeira rodada, com um vergonhoso 5 a 0, em Buenos Aires. O resultado aconteceu apenas 10 semanas após a final de 2001, contra a França.

Os australianos eram os principais cabeças-de-chave em 2002, por terem chegado às finais nos últimos três anos, mas afirmaram que o formato atual prejudica os finalistas.

França e Austrália se enfrentaram em dezembro, mas nenhum dos outros 14 participantes do Grupo Mundial jogou desde setembro.

``Acredito que os dois finalistas deveriam ser pré-classificados'', reclamou o capitão da equipe australiana, John Fitzgerald, depois de perder para a Argentina. ``É a maior competição por equipes no tênis, mas queremos os melhores jogadores atuando também''.

A Austrália se tornou o terceiro finalista a perder na primeira rodada em três anos. A França foi desclassificada em 2000 depois de sediar a final em 1999, contra a Austrália, e a Espanha foi surpreendida no ano passado depois de ser campeã em 2000.

``É uma vergonha que essas nações que estão no topo da Copa Davis sejam desclassificadas tão cedo, particularmente depois de uma final'', disparou Fitzgerald.

A derrota significa que a Austrália terá de enfrentar um adversário - ainda desconhecido - em setembro, para tentar manter o lugar no Grupo Mundial.

Este será o único confronto a ser disputado até o fim do ano, enquanto os finalistas terão, incluindo a final em dezembro, outras três rodadas.

O especialista em duplas, Todd Woodbridge, veterano de 11 temporadas na Copa Davis, concordou que o sistema deve ser mudado.

``Vai acontecer ano após ano até que algo seja feito para tornar a competição mais leve para os jogadores'', previu. ``Essa é minha opinião pessoal e acredito que seja a opinião da maioria dos jogadores''.

Reuters