Diogo Finelli
Direto de Belo Horizonte - O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, comentou pela primeira vez sobre a proposta da Lazio, da Itália, para levar o lateral-esquerdo Sorín.
Perrella confirmou que o clube italiano ofereceu U$ 7 milhões pelo jogador, e ainda o empréstimo do também lateral-esquerdo César, ex-São Caetano. Para o dirigente do clube mineiro, a proposta da Lazio não agradou, mas deixou claro que a palavra da Hicks Muse, parceira do clube, também deve ser levada em conta.
"A Hicks Muse é dona de 50% do passe do Sorín, e ficou acordado no momento da compra do jogador que, qualquer proposta acima de U$ 5,5 milhões daria à Hicks a opção de vender ou não o jogador. Todos sabem dos problemas que nossa parceira tem passado no futebol brasileiro, e essa seria a maneira imediata de recompor uma parte do prejuízo", disse Perrella.
O dirigente ainda explicou como está o relacionamento entre Cruzeiro e Hicks Muse, e sobre os rumores de que a parceria seria desfeita. "A Hicks Muse está cumprindo o que combinou com o Cruzeiro. Os U$ 2,5 milhões mensais estão sendo pagos. O torcedor pode ficar tranqüilo de que, com ou sem parceria, nada mudará para o Cruzeiro. Mas também tem que entender que nossa única forma de ganhar dinheiro para manter um bom time é vendendo um jogador. Vendemos um jogador por ano para manter o Cruzeiro forte e com dinheiro em caixa", explicou o presidente do Cruzeiro.
Sobre a construção do estádio, Zezé Perrella acha difícil que isso seja feito com o apoio da Hicks Muse. "A Hicks tem até o fim do ano para decidir pela construção ou não do estádio. Eu acho muito
difícil, mas recebi uma proposta de um grupo de Portugal, interessado em fazer essa obra. Esse grupo já fechou com o Vitória-BA, inclusive já compraram até o terreno em Salvador", completou Perrella.