Rio - A nova solução da diretoria para a ausência de vitórias do Flamengo em 2002 é mais do que conhecida: Carlinhos foi mais uma vez chamado num momento turbulento do clube, desta vez para trabalhar como diretor-técnico. Ele viaja nesta terça mesmo para Cachoeiras de Macacu, onde o time realiza uma mini pré-temporada.
Segundo o presidente Edmundo dos Santos Silva, Carlinhos irá trabalhar também junto às categorias de base, mas ficará mais próximo do time profissional.
“Com toda a vivência que tenho no clube, depois de todos esses anos de Flamengo, posso abusar do direito de injetar novo ânimo na equipe”, brincou Carlinhos, que exerceu a função em 98, quando o técnico era Evaristo de Macedo.
O novo diretor-técnico poderá ficar com João Carlos no banco de reservas durante o jogos ou até mesmo transmitindo informações de outro ponto do estádio. Carlinhos lembrou que já trabalhou com João Carlos no Flamengo e que isso facilitará o entrosamento da dupla.
“Convivo com ele desde quando trabalhávamos juntos, no infantil, no início dos anos 80. Temos ótimo relacionamento e nada impede uma troca de informações entre nós.”
Apesar de conhecer a maioria do grupo, Carlinhos foi cauteloso ao comentar sobre quais mudanças poderá fazer. Segundo o ex-jogador, seu coração de torcedor não permitiu que assistisse à maioria dos jogos do Flamengo neste ano.
“Vi apenas parte de algumas partidas. Me envolvo muito, se visse com total atenção acabaria gritando, chutando cadeira. É difícil falar das coisas do lado de fora, sem um envolvimento maior. Preciso de tempo para saber exatamente o grau de dificuldade que o grupo está passando no dia-a-dia.”
O ex-jogador elogiou alguns novos valores rubro-negros com os quais ainda não teve a chance de trabalhar. “O momento não é o melhor para voltar ao time, mas sei que temos grandes jogadores e potencial suficiente para mudar esta situação. Trabalhei com Juan, Júlio César, Leonardo e falam muito bem do Andrezinho e do Felipe Melo. Pretendo conhecê-los melhor. Com o tempo, tudo irá se acertar.”