Rio - O Fluminense tem cerca de uma semana para evitar um grande problema. O clube conseguiu nesta terça, por meio de um Agravo de Instrumento, uma decisão judicial adiando o leilão da sede das Laranjeiras.
Na véspera, o Diário Oficial publicara decisão do juiz Adolpho Corrêa Andrade Mello Jr., da 12ª Vara de Fazenda, determinado o leilão por causa de uma dívida do clube por cotas de coleta de lixo e iluminação pública não pagas entre 1990 e 1992.
O leilão seria realizado nesta quarta, às 14h, no hall dos elevadores do Fórum, no Centro do Rio. Por meio de seu departamento jurídico, o clube alegou que havia enorme diferença de avaliação do valor da dívida.
Por cálculos da Dívida Ativa da Prefeitura, o valor ultrapassava os R$ 9 milhões. Mas o clube, com base em cálculos de um contador judicial, alega que a dívida é de R$ 380 mil. Com base nisto, a juíza Vani Couto determinou ontem o adiamento do leilão até que se faça novo cálculo.
Agora, o clube tenta fazer valer um acordo feito no ano passado com o Secretário de Esportes, Ruy Costa, pelo qual a Prefeitura aceitava que o clube pagasse a dívida com serviços prestados à comunidade, como a cessão da sede para recreação de escolas municipais. O acordo, inicialmente, foi negado pela Procuradoria Geral do Município.
“Enquanto as contas são refeitas, temos tempo para o acordo com a Prefeitura. Estivemos com o Chefe de Gabinete do Prefeito César Maia, que entrará em contato com a Procuradoria. Há muitas escolas sem espaço para prática esportiva”, disse o vice-presidente de futebol do clube, Marcelo Penha.
“Não haverá leilão”, afirma o presidente David Fischel.