Santos - Em tempos de crise financeira, os funcionários da Vila Belmiro conhecem seu matador da fome. O atacante Oséas declarou nesta quarta-feira que, procurado para dar auxílio, destinou 40 cestas básicas a empregados do Santos que ajudam na manutenção do CT e de algumas dependências sociais.
“Às vezes, a gente vê o trabalho deles no corte da grama, na limpeza, e percebe o quanto tudo é bem feito. Não tive dúvidas em ajudá-los nas dificuldades”, disse o atacante, que promete concluir a entrega nesta quinta e preferia manter o caso em sigilo.
“Nenhum outro jogador está sabendo, e não esperava que vocês (imprensa) soubessem tão rápido”, afirmou o atacante.
O problema é o atraso no pagamento dos salários. A diretoria do clube diz que pagou todos os funcionários no dia 8 de fevereiro.
O presidente Marcelo Teixeira culpa a atual situação financeira do clube em razão da “deficitária economia mundial” e o atraso na cotas de TV que já deveriam ter sido enviadas pelo Clube dos 13.
Além de funcionários da administração, jogadores também reclamam de salários atrasados e de cheques que são dados, mas logo depois sustados por falta de fundos.
“Muitos batem na tecla de que o clube paga mal, dá cheque sem fundo, susta pagamentos e possui vários outros problemas. Tenho dúvidas se essas críticas são pessoais ou não, até porque eles poderiam acompanhar o coirmão da Marginal, que também possui dificuldades financeiras”, disse Teixeira, ao se referir ao Corinthians.
O dirigente afirmou que a única pendência existente no futebol profissional é a do direito de imagem referente a janeiro deste ano. “O resto, graças a Deus, está em dia. Já pagamos os direitos de imagem de dezembro e a folha de janeiro.”