Rio - O vice-presidente Geral do Flamengo, Júlio Lopes, esteve próximo de ser afastado provisoriamente do cargo por 30 dias. O dirigente é acusado de usar o clube para se beneficiar politicamente, já que será candidato a deputado federal pelo PPB na eleição deste ano.
Ao saber que sua suspensão poderia ser anunciada domingo, o dirigente conseguiu uma liminar com a juiza de plantão Fernanda Xavier de Brito no início da noite deste sábado.
Graças à medida judicial, Júlio só poderá ser afastado após conclusão do inquérito que será movido contra ele no Conselho de Administração.
O conselheiro Joel Teppet pediu a cassação de Júlio Lopes ao Conselho de Administração na última quarta-feira. O presidente do conselho, Eduardo Motta, reuniu então sua comissão jurídica em caráter de urgência para avaliar o caso.
Quatro dos seis membros da comissão assinaram parecer favorável à criação de uma comissão de inquérito e ao afastamento imediato do dirigente. Júlio Lopes defendeu-se e acionou até mesmo o ministro do Trabalho, Francisco Dornelles. O presidente do PPB enviou uma carta ao Conselho de Administração do Flamengo dizendo que o partido ainda não decidiu quais serão seus candidatos.
Júlio Lopes, no entanto, reiterou sua intenção em candidatar-se: "Pretendo ser candidato para defender o Flamengo e o Rio de Janeiro".
A limininar, no entanto, não impede a instauração do inquérito. Caso Eduardo Motta siga o parecer de sua comissão jurídica, Júlio Lopes será notificado e terá dez dias a partir daí para apresentar sua defesa e indicar suas testemunhas.