São Paulo - Para revogar a sentença que deu ganho de causa a Luizão, o advogado Marcelo Gômara, que representa o Corinthians, insistirá com a tese de que o contrato de imagem está totalmente desvinculado do contrato de trabalho.
Segundo a decisão judicial do juiz Glener Pimenta Stroppa, da 12ª Vara do Trabalho de São Paulo, os dois contratos, na verdade, somam o salário do atacante.
"Luizão não pode ser tratado como um executivo de uma empresa ou como um trabalhador braçal. O clube, como uma rede de TV, pode auferir receita com a imagem do atleta ou de um artista", diz Gômara.
Ainda segundo o advogado, se Luizão admite que o contrato de sua empresa – Goulart Empreendimentos Esportivos – com o Corinthians era uma fraude, terá de provar em juízo, o que ainda não aconteceu.
"Em casos de acusação de fraude, simulação e coação, é preciso apresentar provas inequívocas".
Para revogar a sentença do juiz, concedida na quarta, Gomara estuda três possibilidades de recurso no Tribunal Regional do Trabalho: um recurso ordinário para dar efeito suspensivo à decisão, um pedido de embargo de declaração questionando alguns pontos da sentença e um mandato de segurança.