São Paulo - Depois do assalto da última segunda-feira, quando ladrões invadiram o Parque Antarctica, o Palmeiras ainda vive clima de tensão. A maior preocupação é com a segurança do presidente Mustafá Contursi, que teria sofrido ameaças dos bandidos.
Ao contrário do que alguns funcionários do clube informaram inicialmente, a quantia roubada de dois cofres foi de R$ 60 mil e não R$ 10 mil. Além disso, talões de cheques e notas fiscais dos jogadores Galeano, Claudecir, Magrão e do técnico Vanderlei Luxemburgo também sumiram. Notas promissórias, no valor estimado de R$ 5 milhões, de clubes como Fluminense, Grêmio, Portuguesa e União São João ainda foram levadas pelos ladrões.
Tudo foi registrado no Boletim de Ocorrência n 1669, no 23 Distrito Policial da capital, no bairro de Perdizes. Horas após o jogo com o Fluminense, um grupo de aproximadamente dez homens invadiu o clube, trancando os seguranças no vestiário. Com o auxílio de ferramentas apanhadas na serralharia, os ladrões levaram dois cofres num Corsa branco. A operação durou 1h40min.
O delegado Édson Leal, do 23 DP, afirmou que as investigações começaram e vão contar com o apoio do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado).
O que ainda causa apreensão é uma frase dita por um dos assaltantes, assim que saiu do Parque Antarctica. Segundo consta no B.O., "um dos indivíduos deixou o local dizendo que voltaria para pegar o presidente do clube". Apesar de o delegado não encarar isso como uma ameaça de seqüestro, dirigentes do Palmeiras já pensam em usar seguranças armados dentro do Parque.