São Paulo - Na Vila Belmiro, o Santos arrancou um empate contra o Botafogo no finalzinho do jogo, e salvou a cabeça do técnico Celso Roth, que mais uma vez foi bastante vaiado pela torcida da Baixada. O jogo ficou no 3 a 3, com destaque para as atuações de Dodô, pelo Botafogo, e Robert, pelo Peixe. Com o empate, o Santos ainda respira na competição, mas não pode mais nem pensar em empates, caso contrário, se afoga de vez no Torneio Rio-São Paulo. O resultado no fim do jogo não agradou ao técnico da Baixada. “Felizmente empatamos no final, mas é um empate com sabor de derrota”, lamentou Roth, após a partida.

Mas o empate só serviu mesmo para abafar o caldeirão que se transformou a Vila Belmiro. A torcida santista está sem paciência com o treinador Celso Roth, e com a atuação de alguns jogadores, como Michel e Oséas. O zagueiro Odvan, que declarou na sexta-feira que o Santos não paga salários e que três horas mais tarde desmentiu tudo o que disse, não dá mais entrevistas. Ainda no jogo deste domingo, uma bomba explodiu na arquibancada ferindo dois torcedores e voaram muitos sapatos e chinelos na Tribuna, onde a diretoria do Santos assistia ao jogo. É a insatisfação do torcedor.

Mas a causa da derrota é uma só: desatenção na retaguarda. O Santos sofreu 10 gols em 4 partidas, um número que envergonha qualquer setor defensivo. A expressão mais usada pelos jogadores santistas, e até mesmo pelo próprio Celso Roth, no vestiário, era "erros defensivos". “Estamos fazendo gols, mas estamos tomando atrás também, e isso não pode continuar”, concluiu o atacante Diego, que fez o terceiro gol do Peixe na partida.

Celso Roth, que está colocando o Santos para jogar no 3-5-2, admite mudança tática para a partida contra o Fluminense, no próximo fim de semana, pelo Torneio Rio-São Paulo. No segundo tempo contra o Botafogo, o treinador mudou o esquema, e passou a jogar no 4-4-2. O técnico sacou o zagueiro Preto e colocou em seu lugar o meia Esquerdinha. Com a alteração, o Peixe melhorou sua atuação sensivelmente. Os jogadores ficam no muro. “O que o professor decidir a gente joga”, despista o meia Robert.

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