Rio - Os jogadores pleiteiam uma reunião com a diretoria vascaína para que os problemas e, principalmente, as soluções sejam postas à mesa. Mas o presidente Eurico Miranda já manda um recado quem quiser se reunir com ele.
“Não tenho que me posicionar de forma alguma. Como posso pagar se o clube não está recebendo as cotas de televisão?”
Na verdade, segundo o próprio Eurico, o que faltaria receber seriam as cotas da Copa do Brasil. O clube já recebeu adiantado, em 2001, R$ 3,8 milhões da TV Globo pela disputa do Torneio Rio-São Paulo.
“Serviu para fazermos alguns ajustes no clube. Neste ano, recebi o restante: R$ 1,2 milhão. O que temos a receber são as cotas pelas placas publicitárias nos jogos”, diz.
Uma saída emergencial seria o Vasco passar de fase no Rio-São Paulo e receber outras cotas, além da premiação se ficar entre os clubes que estiverem entre os de maior público na competição.
“Mas nada é divulgado. Ninguém nos passa nada. Nenhum clube tem controle disso. Está tudo muito obscuro”, queixa-se Eurico, sem responder por que o Vasco não divulga o público e a renda nos jogos em São Januário.
Para evitar se atolar de vez no caos financeiro que atravessa, Vasco só tem uma saída: fechar a parceria com o grupo mexicano NovaMedia. Desde segunda-feira, os executivos da empresa estão no Brasil para, segundo Eurico, fazer os acertos finais.
“Estamos conversando”, limita-se a dizer, acreditando que em dez dias estará tudo sacramentado, embora algumas cláusulas estejam emperrando o contrato.