Buenos Aires - O artilheiro da Roma e da seleção argentina Gabriel Batistuta disse nesta sexta-feira que deve ser suspenso por sua participação no conflito de jogadores ao final da partida entre sua equipe e o Galatasaray na quarta-feira passada pela Copa dos Campeões.

“Me deixei levar pelos nervos e armou-se uma confusão terrível. O pior é que todo o mundo viu e isso é o mais triste'', disse o atacante à rádio La Red, da Argentina.

“Vamos ver o que a Uefa decide, seguramente alguns jogadores serão punidos. Estou esperando uma punição porque revidei os ataques verbais dos turcos na frente da televisão, acredito que não mereço, mas estou preparado'', acrescentou.

A partida entre Roma e Galatasaray terminou empatada por 1 a 1 e, enquanto se desenrola uma investigação judicial na Itália, a Uefa programou uma audiência disciplinar sobre o incidente para 22 de março.

Batistuta disse, por outro lado, que não se sente pressionado pelo favoritismo de seu país no Mundial da Coréia do Sul e Japão em junho.

“Não acredito em nenhuma pressão por considerarem a Argentina favorita'' ao título, disse Batistuta.

“O favoritismo é algo conquistamos com as atuações de uma equipe que tem bons jogadores (...) embora no Mundial os jogos são especiais e pode acontecer qualquer coisa'', completou Batistuta, que não foi convocado para a partida amistosa contra Camarões em Genebra, dia 27 de março.

A Argentina, campeã mundial em 1978 e 1986, está no Grupo F com Inglaterra, Nigéria e Suécia na primeira fase.

“Eu já disse, tendo as cartas sobre a mesa, a Argentina tem todas as possibilidades de ser campeã, e isso não é algo que eu inventei'', afirmou o atacante.

Batistuta, que sofreu uma lesão no joelho na temporada passada, disse estar recuperado e em condições para jogar o Mundial.

“Estou bem do joelho e por isso me sinto melhor (...) Tenho a cabeça no Mundial, mas isso não me afeta em nada quando entro para jogar (...) Se alguém entra condicionado pensando no que pode acontecer, é pior'', admitiu.

“Batigol'' comentou também que está confiante em disputar a Copa, apesar de não ter sido convocado para a partida em que a Argentina empatou por 1 a 1, em fevereiro, em Cardiff, contra o País de Gales e o amistoso do dia 27 de março contra Camarões.

“Eu sempre quero jogar para a seleção, mas apesar de não ter sido convocado para este jogo estou convencido de que vou estar no Mundial. Quero jogar e quero ganhar'', destacou o atacante da Roma.

Reuters