Rio - Está flagrante o descompasso que marca o Flamengo nos dias atuais. Depois do ataque de vândalos à Gávea, a torcida encarou o sol escaldante de Bangu neste domingo para protestar contra a má campanha antes mesmo do início do jogo com o América.
Alvo principal da ira dos torcedores por ter deixado o clube em 2000 e acertando com a Juventus, da Itália, o lateral-esquerdo Athirson reagiu aos protestos.
“Não sou ídolo histórico do Flamengo, mas torcida organizada não está com nada. Não será meia-dúzia de gatos pingados que vão me atrapalhar. Eles não me incentivaram a voltar”, disse.
Prova de que qualidade técnica e a identificação com o Rubro-Negro não fizeram parte da avaliação dos torcedores para vaiar, o zagueiro Juan, sempre presente na lista da Seleção Brasileira, também foi xingado. Em resposta, não comemorou seu gol, o primeiro do Flamengo na vitória sobre o América.
“Temos é que jogar por nós jogadores, que somos amigos. Diretoria e torcida podem criticar, mas não entram em campo. Não existe paz com a torcida”, detonou.
Contratado a peso de ouro e também vaiado, o meia Juninho disse entender a torcida e reconheceu que os dias de harmonia ainda estão longe.
“A vitória foi importante, mas a paz com a torcida ainda vai demorar”, afirmou.