Diogo Finelli
Direto de Belo Horizonte -O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, disse que entende o pensamento do torcedor, que não está satisfeito com a venda de Sorín para a Lazio. O cartola explicou que não poderia deixar de fazer essa
negociação, pois seria uma irresponsabilidade da sua parte, e poderia
trazer prejuízos ao clube.
"Para manter o Sorín aqui teria que desembolsar cerca de R$ 11
milhões, para a permanência por 18 meses, já que após isso o jogador
ganha o passe livre, ou seja, pagaria uma fortuna por uma espécie de
empréstimo. Isso sem contar o salário do jogador, ou seja, o Sorín ia
custar ao Cruzeiro cerca de R$ 1 milhão por mês, sendo que a folha
mensal de pagamento do Cruzeiro é um pouco mais do que isso. Seria
uma insanidade da minha parte se não vendesse o Sorín.", disse
Perrella.
O cartola ainda disse que se o Cruzeiro hoje consegue manter seus
compromissos financeiros em dia, é graças às vendas feitas
anteriormente. "Espero que o torcedor entenda que a gente só é forte
porque conseguimos fazer bons negócios. Hoje todo mundo quer jogar no
Cruzeiro, porque o clube paga em dia. Mas isso só acontece porque
fizemos excelentes negócios no passado, que nos deixaram em uma boa
situação financeira. O Cruzeiro abre mão de pelo menos um jogador por
ano.", analisa Zezé Perrella.
No ano passado, por exemplo, o Cruzeiro vendeu o atacante Geovanni ao
Barcelona por U$ 18 milhões, divididos em três parcelas.