Rio de Janeiro - O técnico brasileiro Ricardo Acioly disse, nesta segunda-feira, que sua maior satisfação depois de ter treinado o chileno Marcelo Ríos "é ter visto ele voltar a jogar o tênis de qualidade que exibiu em 1998", quando imperou como melhor do mundo durante seis semanas.
"Agora sou amigo dele e um de seus admiradores. Sei que com o trabalho que fizemos juntos, ele voltou de novo ao caminho para ser um dos melhores", expressou Acioly, capitão da equipe brasileira.
Há uma semana e meia, Ríos e Acioly encerraram a sociedade de quase oito meses com a qual o controvertido Ríos obteve os títulos de Hong Kong e Santiago, chegou até às quartas-de-final do Aberto da Austrália e foi às oitavas do Master Series de Indian Wells.
A separação foi anunciada oficialmente pelo pai de Ríos, na noite de sexta-feira na capital chilena.
"Não houve nenhum problema ou confusão com Marcelo. Ele quer continuar seu caminho sozinho. Eu quero que ele faça o que achar melhor e isso se converteu em sua melhor motivação. A responsabilidade está nas mãos dele", manifestou.
Acioly admitiu que confiava no contrato, previsto a princípio até uma semana depois de Roland Garros, mas garantiu que "todo treinador deve estar preparado para esses imprevistos".
Ressaltou que, durante sua convivência com Ríos, tentou "descobrir e fazer com que ele visse o que convinha às suas características e o que não funcionava. Agora sou feliz por ter visto ele jogar o tênis de qualidade que exibiu em 1998".
Sobre a possibilidade de voltar a trabalhar com o chileno, Acioly, depois de uma breve pausa, considera que "é uma possibilidade difícil de imaginar, embora ela só está nas mãos dele".