São Paulo – A ex-ala Keli Karina Meira Barros vem vivendo um drama desde que levou uma cotovelada da pivô Marta Sobral durante o treinamento da equipe do Campinas, em janeiro de 2000. Ela reclama ter sido deixada na mão pela pivô Karina, que também era dirigente do time.

A cotovelada causou uma lesão na primeira vértebra da coluna cervical da jogadora. “Devido à lesão tive um tumor no cabeça. Recebi assistência do clube até outubro de 2000. Depois, não tive mais nada. Estou vivendo de ajuda de amigos. Minha precisou pegar empréstimo para eu passar por uma cirurgia para retirada do tumor no ano passado. Não tenho plano de saúde e agora vou precisar fazer quimioterapia e radioterapia”, disse Keli, durante a primeira edição do Esportes TV nesta terça-feira.

Segundo a própria atleta, o seu contrato vencia 10 dias após o incidente. Sem dinheiro e impedida de voltar ao esporte, Keli foi à Justiça contra Karina e a empresa dona da marca Knorr. “Entrei com uma ação civil e trabalhista. Reclamo por não ter um seguro na época e por não ter registro em carteira. Tive contatos com a Karina, mas nunca deu resultado. O que eles me ofereceram é muito baixo.”

Karina também participou do programa, mas evitou falar diretamente com Keli. “Como não chegamos a um denominador comum, ela tem todo o direto de ir à Justiça. O que for decidido vou acatar. Tentei falar com ela (Keli) várias vezes, mas ela sempre mandou que eu procurasse o advogado dela.”

Keli respondeu: “Você não quer falar mais com uma pessoa depois que ela mente pra você. Queria ver se a Karina estivesse passando pelo que eu passo, tendo que contar dinheiro para comprar pão.”