Direto de Salvador - Cerca de 150 vendedores ambulantes se reuniram esta manhã frente ao Castelão, em Fortaleza, para um protesto. Pequenos comerciantes de lanches e bebidas, eles temem ser impedidos de trabalhar no estádio após a reinauguração prevista para o próximo dia 27, com o amistoso da Seleção Brasileira contra a Iugoslávia. O novo projeto do Castelão prevê a criação de uma praça de alimentação, que deve ser ocupada inicialmente por cadeias de lanchonetes.
Para ter direito a comercializar seus produtos, os vendedores tinham apenas que pagar à Fadec (Fundação de Assistência ao Desporto do Estado do Ceará), que administra o estádio, uma taxa de R$ 11,00 para confecção de uma carteira de acesso, renovável a cada seis meses. Além disso, os ambulantes pagavam R$ 3,00 de ingresso por partida em que fossem trabalhar. Estima-se que pelo menos 500 pessoas estejam cadastradas pela Fadec. Não havia nenhum controle da órgão quanto ao que era oferecido aos torcedores nem ao montante faturado com as vendas.
As carteiras de acesso tinham validade até dezembro de 2000 e não foram renovadas em 2001 porque o Castelão estava fechado em razão das obras. Neste ano, o recadastramento foi adiado e até agora os comerciantes estão sem saber se poderão ou não continuar trabalhando no estádio. Eles afirmam que já procuraram o presidente da Fadec, Fares Lopes, e o secretário de Cultura do Estado, Nílton Almeida, mas não foram recebidos pelas autoridades.