Londres - A cara da Fórmula 1 pode estar prestes a mudar consideravelmente. Os diretores das equipes e outras figuras importantes envolvidas no negócio vão se reunir para decidir a melhor forma de cortar gastos.
Ainda não foi definido se as reuniões da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), terça-feira e quarta-feira, em Paris, vão optar por cortes relativamente menores, meramente ``cosméticos'', ou encarar cortes mais radicais.
As diversas propostas da FIA abrangem desde o corte de horários de treinos, até a mudança do formato dos finais de semana de corrida, até eliminar os motores usados apenas na corrida de classificação e obrigar os fabricantes de motor a fornecerem para pelo menos duas equipes.
Com sinais claros de discordância entre as 11 equipes, ainda há muito a ser discutido pela frente.
A Comissão de F-1 da FIA, formada pelos 11 diretores de equipes, além de alguns outros participantes fundamentais dentro da categoria, se reúne na terça-feira. Dia seguinte, juntam-se a estes o presidente da FIA, Max Mosley, e o cérebro dos negócios da Fórmula 1 Bernie Ecclestone, além de outros membros do Conselho de Automobilismo.
Um porta-voz da FIA informou que após o término da reunião de quarta-feira será divulgada uma declaração oficial sobre as decisões tomadas ao longo dos dois dias.
Mesmo que a decisão seja a de cortar os gastos em grandes proporções, devido ao período de pouca oferta que vive o esporte, as grandes equipes continuam discordando a respeito de onde realizar os cortes.
Williams e McLaren, equipes de ponta que têm contratos exclusivos com os motores da BMW e Mercedes, respectivamente, são contra qualquer pressão sobre eles que os obrigue a fornecer motores para outra equipe também.
A Ferrari, equipe mais rica e de propriedade da Fiat, já fornece para a Sauber e teve duas equipes como clientes em 2001.
O diretor da McLaren, Ron Dennis, está otimista depois das conversas mantidas ao término do GP da Malásia, na última sexta-feira, mas já no sábado, Ron Dennis indicou que acha que alguns estão tentando tirar vantagens de outros.