São Paulo - Desanimados, todos na Vila Belmiro querem respostas. Pelo segundo campeonato seguido, diretoria, jogadores e torcida procuram explicações para a eliminação precoce. Afinal, o que saiu errado?
"Não há nenhum culpado específico. O que as pessoas precisam entender é que o Santos tem um grupo de jovens que necessita de um trabalho a médio prazo. Talvez, dê resultados ainda este ano", diagnostica Celso Roth, justificando o próprio desempenho no comando da equipe.
Se forem confrontadas as declarações do elenco, comissão técnica e presidência, todos possuem parcela de culpa no fiasco santista dentro do Torneio Rio-São Paulo. Sobra até para os torcedores.
"Quando jogamos em casa, parece que a torcida comparece ao estádio para torcer para o outro time", reclama Léo, justamente um dos mais elogiados pela torcida.
Roth, indeciso, repetiu a equipe apenas uma vez. Sempre alterado na formação, o Santos caiu de produção nas últimas rodadas e está seis partidas sem vencer. Para completar, após a derrota para o Etti Jundiaí, o treinador empurrou a responsabilidade dos maus resultados para os atletas.
"Jogou (contra o Jundiaí) o time que muita gente queria. E ficou em campo até o final. Ficou acertado que, se a bola fosse perdida no meio-campo, a jogada teria que ser interrompida. Não foi e estamos cometendo os mesmos erros desde o início do campeonato", justifica o comandante do Peixe.
Vários atletas não gostaram da bronca. Léo e Robert saíram em defesa do elenco, dizendo não concordar com o raciocínio de Roth. Sem unidade, a equipe está à deriva. E Robert, quem melhor conhece como funciona o clube, é quem define com clareza o quadro atual.
"Eu já vi esse filme. Sempre estamos tendo que encontrar justificativas para dizer por que não nos classificamos", constata o meia, com voz de quem está cansado da situação.