São Paulo – O médico Joaquim Grava, que trabalhou na Seleção Brasileira na época do treinador Wanderley Luxemburgo, criticou o tratamento que a Inter de Milão impôs ao atacante Ronaldo. Ele afirmou também que o atleta não deveria atuar contra a Iugoslávia, na próxima quarta-feira. “Se ele jogar, vai ser uma temeridade. Estou com medo”, disse à rádio Jovem Pan.
Para Grava, até a participação do atleta – que não entra em uma partida oficial desde dezembro do ano passado - na Copa do Mundo está ameaçada. “Ele pode até jogar, mas sem condições.”
Em 23 de julho de 2001, o Terra Esportes fez uma reportagem em que especialistas sepultaram Ronaldo como ‘Fenômeno’, após a cirurgia no joelho direito. Na época, o assessor de imprensa do jogador, Rodrigo Paiva, tentou minimizar as declarações dos médicos e afirmou que apenas o francês Gerard Saillant (responsável pela cirurgia), Franco Combi (médico da Inter) e Joaquim Grava poderiam falar sobre o tratamento do atacante, pois haviam analisado o caso.
Agora, o próprio Grava critica os procedimentos utilizados pelo clube italiano. Para ele, o time sempre tentou apressar a volta do jogador – o que causou as contusões musculares.
A mesma linha foi adotada pelo preparador físico da Seleção, Paulo Paixão, que afirmou ao Terra Esportes TV que a recuperação de Ronaldo na Inter estava errada, pois utilizava métodos arcaicos.