Montevidéu - O técnico da equipe do Uruguai na Copa Davis, Marcelo Filippini, anunciou nesta segunda-feira, que não vai dirigir sua equipe na série contra a Colômbia, no próximo mês, correspondente à Zona II Americana, devido ao clima de insegurança que existe nesse país.
"Não foi uma decisão fácil, mas é coincidente com minha conduta de quando jogava de não disputar torneios em países onde a segurança não era absolutamente garantida", afirmou Filippini em declarações à rádio El Espectador, de Montevidéu.
A Associação Uruguaia de Tênis (AUT), a pedido de Filippini, solicitou à Federação Internacional de Tênis (FIT) mudar a sede do jogo por razões de segurança, levá-la a um país neutro ou trocar a data, mas seu pedido foi recusado.
O pedido foi motivado pelo aumento dos combates armados entre o Exército colombiano e a guerrilha das Farc, mas o Comitê da Copa Davis da FIT ratificou no dia 21 de março a cidade colombiana de Villavicencio para os jogos entre os dias 5 e 7 de abril.
Depois da decisão de Filippini, a AUT designou o também ex-tenista e ex-integrante da equipe do Uruguai da Copa Davis Víctor Caldarelli para dirigir os colombianos.
A equipe uruguaia também não contará com os tenistas Marcel Felder e Martín Villarrubí, que estão entre os dez melhores do mundo na categoria sub'18, e cujos pais não autorizaram viajar para a Colômbia.
Felder e Villarrubí estrearam como titulares na equipe do Uruguai que derrotou Trinidade e Tobago fora de casa, por 5-0, na primeira fase da Zona II Americana da Copa Davis.
A equipe uruguaia para o jogo será integrada pelo argentino nacionalizado Pablo Bianchi, Federico Dondo e Marcelo Barboza, que aceitaram viajar para a Colômbia.
O vencedor da eliminatória enfrentará o vencedor do jogo Paraguai-Peru pela ascensão à Zona I Americana.