São Paulo - Com apenas mais dois jogos por disputar e dirigindo uma equipe quase eliminada no Rio-São Paulo, Celso Roth está em compasso de espera. Ele sabe que os últimos resultados podem lhe custar o emprego na Vila Belmiro.
"Meu contrato vai até o dia 31 de maio e vamos ver se a diretoria quer um trabalho a médio e longo prazo. A equipe está em formação, realizando trabalho muito interessante com o lançamento de garotos. Se o Santos tiver paciência, e espero que tenha, o trabalho surtirá resultado", limitou-se a declarar o treinador, após o empate fatal no sábado, em São Januário.
A permanência pode ser definida esta semana. Dentro da diretoria, existem facções pró e contra a continuidade da comissão técnica. O presidente do Conselho Deliberativo, José da Costa Teixeira, chegou a declarar que Roth "é o melhor técnico da história do Santos". Mas o discurso não soa bem aos ouvidos de outros diretores, que não querem mudanças de comando imediatas.
A ante-sala da presidência tem sido palco de discussões quentes entre defensores e opositores do técnico.
"Se vai haver paciência da diretoria, eu não sei. Você precisa perguntar para eles. Mas a paciência do torcedor já acabou. Há muito tempo o Santos não ganha títulos e tudo isso influencia", constata Roth, sabendo que trabalha atualmente em um clube em eterna ebulição.