Milão - Adriano Galliani, vice-presidente do Milan, declarou nesta sexta-feira que a derrota sofrida para o Borussia Dortmund (4-0), no jogo de ida das semifinais da Copa da Uefa, é uma amostra de que todo o futebol italiano está em crise.
"Prefiro falar apenas do Milan, mas a crise do futebol é de responsabilidade de todos: dirigentes, jogadores, técnicos e também dos meios de comunicação. Quando se chega a certos excessos de crítica a culpa é de todos, e os meios de comunicação também devem assumir sua responsabilidade", disse Galliani durante a viagem de retorno do Milan.
"Temos o dever de encontrar respostas para perguntas, como: por que Márcio Amoroso (atacante brasileiro autor dos três primeiros gols e ex-jogador do Udinese e do Parma) não joga mais na Itália?", lembrou o presidente. Segundo Galliani é "difícil comentar o 4 a 0 e é correto afirmar que trata-se da pior derrota da era Berlusconi".
"Entretanto, o Milan segue como uma equipe que chegou às semifinais da Copa da Uefa e da Copa da Itália e que ainda luta pela quarta posição do campeonato italiano. Não me parece que somos os piores da Itália", acrescentou.
Para Galliani o "esporte tem ciclos". "A Itália esteve durante anos fora das finais européias, depois veio um decênio onde os clubes italianos chegaram em nove finais. Agora, este ciclo passou e os resultados falam por si só".
"O objetivo do Milan agora continua sendo a quarta posição do campeonato italiano (última que dá acesso à Liga dos Campeões da Europa). Devemos alcançá-la. Esperávamos que nossa temporada acabasse no dia 8 de maio, com a final da Copa da Uefa em Roterdã, mas agora sabemos que acabará no dia 5 de maio, com a última rodada do campeonato" italiano, opinou Galliani.