Londres - A Concacaf, entidade que controla o futebol da América do Norte e Central, pediu a demissão do secretário-geral da Fifa, Michel Zen-Ruffinen, nesta segunda-feira.

Em uma declaração, assinada pelo secretário-geral da Concacaf, Chuck Blazer, a confederação acusou Zen-Ruffinen de fazer política e interferir nos assuntos internos da confederação. A declaração sugere que se Zen-Ruffinen não se demitir, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que está na África no momento, deveria suspendê-lo.

O motivo imediato para a crise é um fax enviado por Zen-Ruffinen à Concacaf na sexta-feira.

O documento dizia que o escritório da Fifa para assuntos legais deveria se reunir para considerar o caso de Edgardo Codesal Mendez, que não tinha autorização de se manifestar contrariamente a Jack Warner -- um fiel aliado de Blatter -- em relação à presidência da Concacaf, que terá eleições em breve.

Mas além disto, há motivos ligados à guerra privada que divide a Fifa há anos entre as facções favoráveis e contrárias a Blatter.

Blatter e Zen-Ruffinen podem ser do mesmo vale suíço mas um imenso golfo político os separa desde o tempo em que Zen-Ruffinen sucedeu Blatter no cargo de secretário-geral em 1998, mesma data em que o dirigente assumiu a presidência da Fifa.

As diferenças entre os dois grupos estão ainda mais evidentes desde que Issa Hayatou, presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), lançou sua candidatura à presidência. Hayatou e Blater vão concorrer na eleição que será realizada no congresso da Fifa em Seul, em maio.

A Concacaf tem 35 membros entre os países da América do Norte, América Central e Caribe, a maioria deles aliados de Blatter.

Reuters