Rio - Sem sua maior estrela, cheio de problemas e precisando vencer fora de casa. Às vésperas do jogo que decide o futuro do Fluminense no Rio-São Paulo, o técnico Oswaldo de Oliveira radicalizou: testou um time cheio de novidades para enfrentar o São Caetano.
Certo de que o Tricolor vem sendo frágil na marcação e dependente da criatividade de Roger, Oswaldo prepara dois times diferentes para brigar pela vaga. Marcão não disputou o coletivo de ontem e, apesar de os médicos estarem otimistas, ainda é dúvida para o jogo de domingo, no ABC. Assim, ele se transformou no pivô do dilema de Oswaldo.
Se Marcão for vetado, entra em campo um Fluminense muito mexido. Paulo César voltaria à lateral direita. A defesa teria três zagueiros, com Zé Carlos, de 20 anos, ganhando sua primeira chance como titular. No meio-campo, Bismarck e Fábio Mello dariam lugar a Paulo Isidoro e Caio.
"Nossa marcação tem sido muito fraca. Sem o Marcão, coloco três zagueiros e o Caio, que seria mais um atacante, vindo de trás, para equilibrar o time e não nos tornar muito defensivos", explica Oswaldo.
Mas se Marcão jogar, o Fluminense terá só dois zagueiros. Neste caso, Bismarck deve continuar como titular e Caio seguiria no banco. Mesmo assim, Paulo Isidoro ganharia nova oportunidade.
"Com Marcão as coisas mudam. Posso mexer em outros setores para não fragilizar o time", diz o técnico.
Oswaldo admite que a ausência de Roger preocupa. "Ele é decisivo. É um problema de difícil solução, mas longe de ser insolúvel. Já vencemos sem ele".
Além de Roger e da dúvida em torno de Marcão, Oswaldo não terá Fernando Diniz e Flávio.