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Roth terá de aceitar redução de salário para ficar no Santos
Sábado, 20 Abril de 2002, 00h16

Santos - Sem alternativas, o Santos adotou a economia de guerra para sobreviver até agosto, quando começa o Campeonato Brasileiro. A determinação do presidente Marcelo Teixeira é cortar gastos onde for possível.

Depois do empréstimo de Robert ao São Caetano, a contratação de Preto pelo Grêmio é dada como certa. O zagueiro deve ficar no Sul por três meses.

Valdir e Michel também podem deixar o clube nos próximos dias. Internacional-RS e Sport, respectivamente, estão interessados em contar com os jogadores pelos próximos 90 dias. O aperto pode prejudicar a renovação de Léo. Sem contrato a partir de 24 de julho, o lateral já avisou que vai pleitear um substancial aumento de salário, em relação aos R$ 28 mil mensais que embolsa hoje.

“No caso de Robert, o São Caetano queria ficar com o atleta até agosto, mas não abrimos mão em tê-lo para o início do Brasileiro”, discursa Marcelo Teixeira.

Ainda à procura de amistosos ou excursões para manter o elenco em atividade, o Peixe deseja reduzir a folha de pagamento em 50%. Atualmente, o gasto com o departamento de futebol profissional chega a R$ 1,3 milhão a cada 30 dias.

O aperto nos cintos deve chegar à comissão técnica. Celso Roth já está com a proposta de renovação do contrato, que termina em 31 de maio. Se quiser continuar na Vila, o treinador será obrigado a aceitar redução salarial. Ganhando atualmente R$ 80 mil mensais, recebeu uma oferta de R$ 60 mil para continuar.

“Celso Roth foi corajoso ao lançar os garotos no time. Ele não tem culpa se o time toma um gol aos 46 minutos do segundo tempo e se perde um pênalti aos 42”, defende o presidente, manifestando o desejo de continuar com o técnico, desde que ele se enquadre à política salarial do Santos para o segundo semestre.

Pela contenção de despesas, o clube não deve fazer investimentos na contratação de jogadores. No raciocínio dos dirigentes, não faz sentido adquirir um reforço, sendo que o time vai ficar parado por quatro meses. Descarta-se principalmente jogadores caros, como o iugoslavo Petkovic. No Flamengo, o meia recebia US$ 220 mil por mês (cerca de R$ 500 mil). O valor é considerado totalmente fora da realidade santista.

“É um jogador interessante (Petkovic). Tem qualidade técnica para jogar no Santos mas, por enquanto, não posso adiantar muita coisa”, respondeu, de forma reticente, Celso Roth, quando questionado sobre o assunto.

O Peixe não tem dinheiro para arcar com um elenco caro. Política de contratar “medalhões” como Edmundo, Marcelinho Carioca, Rincón e Viola é coisa do passado. E a liquidação de atletas para outras equipes é prova cabal disso.

L! Sportpress

 

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