Rio - A verdade está aparecendo no Vasco e os jogadores começam, entre si, um movimento para derrubar o treinador. Os motivos são as dispensas de Donizete e Torres; culpar Romário, Felipe, Donizete Oliveira e Léo Lima por derrotas do Vasco; desmerecer o trabalho de Fábio Marcelo e usar uma preleção de jogo para atacar o fisioterapeuta.
Evaristo de Macedo é acusado de tomar atitudes ainda mais sérias: humilhar jogadores no vestiário, culpando-os pelos resultados negativos. Neste ano, dois exemplos que foram contados pelos próprios jogadores. “No meu caso, ele me culpou pelo empate com o Botafogo e disse que eu não era uma pantera e, sim, gatinho. Aí, me revoltei e perdi a linha”, revelou Donizete, que, no fim de semana foi para o México ouvir propostas de três clubes.
“Ele (Evaristo) está caduco. Fala um monte de besteiras para todo mundo e quer se intrometer em todas as áreas. Deveria dar mais treinos táticos, isso sim”, revelou um jogador, pedindo o anonimato para não sofrer represálias da diretoria.
A gota d’água não foi nem a briga com Fábio Marcelo, que vem desde a época do Flamengo, mas um episódio envolvendo o lateral Edinho, que chocou todos os jogadores no vestiário, após ele perder um gol claro contra o Bangu e ser expulso.
“Ele entrou no vestiário aos gritos, ofendendo o jogador. Isso deixou todos nós constrangidos”, denunciou outro jogador.
“É verdade. Eu soube disso”, confirmou o Pantera.
Há 15 dias, outro episódio envolvendo Fábio Marcelo, quando Evaristo de Macedo colocou uma circular no quadro do vestiário proibindo jogadores de fazer tratamento fora do clube. Neste caso, segundo o técnico, só com autorização da diretoria com acompanhamento médico.
O presidente Eurico Miranda se mantém em cima do muro, por enquanto. “Cada um cuida da sua função.”