Rio - Um pedido dos filhos, Moniquinha e Romarinho, e dos pais, seu Edevair e dona Lita, mexeu com Romário, que, a partir desta quarta, inicia uma contagem regressiva: chegar ao milésimo gol na carreira - ele tem 835 atualmente. Pelo menos, o adversário desta tarde, em São Januário, pela Taça Rio, pode dar uma mãozinha.
Afinal, em 1995, ele meteu cinco gols no Entrerriense, pelo Flamengo, em dois jogos. "Muitos podem pensar que eu sou um jogador realizado, mas pelo contrário, tenho ainda alguns sonhos para conquistar e vou em busca deles. Meus pais e filhos me pediram para ver se eu consigo chegar aos mil gols", contou o Baixinho.
"Não tive a coragem de responder a eles porque é uma tarefa difícil. Faltam aí 160 e poucos gols e eu tenho 36 anos. Mas posso conseguir, vamos ver. Podem ter certeza de que vou tentar", acrescentou.
Romário sequer pensa me parar. Por enquanto. Acredita que ainda tenha inspiração para continuar fazendo gols.
"É difícil falar quantos anos mais eu vou jogar. Desde os 28 anos eu falo que vou parar e não me dá vontade. Hoje não penso nem um pouco nisso. Também não vou dizer que vou jogar mais cinco, seis anos. Vou continuar enquanto eu acordar e ter vontade de jogar futebol. Minha mãe diz que desde quando eu estava na barriga dela jogava futebol, então tudo o que eu tenho agradeço muito a futebol".
Se Romário não sabe quando vai parar de jogar futebol, quanto mais o que vai fazer após pendurar as chuteiras.
"Ainda não pensei no que vou fazer depois de parar. Mas acho difícil uma pessoa que vive anos no futebol largar assim de uma hora para outra. Mas com certeza será uma coisa ligada ao futebol. Vou dar continuidade ao meu projeto Romarinho, vou ter mais tempo para ficar presente", afirmou o atacante.