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Argelinos já miram vingança contra "Anschluss" alemã de 1982

28 jun 2014 - 11h17
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Madjer era o astro da seleção da Argélia de 1982, que não passou da primeira fase da Copa graças ao resultado suspeito de Alemanha x Áustria
Madjer era o astro da seleção da Argélia de 1982, que não passou da primeira fase da Copa graças ao resultado suspeito de Alemanha x Áustria
Foto: AFP

Já se passaram 32 anos, mas parece que os argelinos ainda não esqueceram. Foi na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, quando a seleção da Alemanha se tornou inimiga número 1 do país africano, graças a uma vitória por 1 a 0 sobre a Áustria, em Gijón, que eliminou a Argélia na primeira fase da competição. Não haveria problema se o jogo não tivesse sido disputado em ritmo de treino, com o resultado satisfazendo os dois europeus desde o primeiro gol aos 10min de bola rolando. Agora, nas oitavas de final da Copa de 2014, o reencontro entre Argélia e Alemanha é visto como vingança.

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A vitória da Alemanha Ocidental sobre a Áustria em 82 ficou conhecida por alguns nomes – a Desgraça de Gijón, o Pacto de Não-Agressão –, mas na Argélia, o jogo é mais lembrado como Anschluss, nome dado à anexação do território austríaco pela Alemanha nazista em 1938. As feridas daquela partida só foram parcialmente sanadas neste ano, quando a Argélia conseguiu pela primeira vez avançar às oitavas de final, superando Rússia e Coreia do Sul no Grupo H.

As ramificações da armação implícita entre austríacos e alemães foram grandes: o jogo foi a gota d'água para a Fifa adotar, a partir do Mundial de 1986, a medida de realizar as partidas da rodada final da fase de grupos simultaneamente. Na Argélia, porém, elas impactaram mais fundo. Nas redes sociais, fãs da seleção africana e sites que acompanham o esporte do país já falam em revanche pela "Anschluss" do futebol.

Os alemães são claros favoritos para o duelo marcado para as 17h (de Brasília) desta segunda-feira, no Beira-Rio, em Porto Alegre, mas os argelinos também têm na história um motivo extra para acreditar na zebra. Afinal, em 1982, eles também eram franco-atiradores diante da Alemanha Ocidental, mas surpreenderam o mundo ao vencer na estreia por 2 a 1 – resultado que, no fim das contas, não foi suficiente para a classificação.

O time atual da Argélia pode não ter um jogador do quilate de Madjer, atacante que marcou um dos gols da vitória sobre os alemães em 82 e é considerado o maior da história do país, mas conta com uma base defensiva sólida e um ataque veloz para surpreender no contra-ataque os dominantes alemães. Três décadas depois da "Desgraça de Gijón", cabe a Feghouli, Slimani e companhia tentar remediar uma injustiça histórica.

Fonte: Terra
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