Alex Zanardi volta para UTI por 'condições instáveis'
Equipe do hospital San Raffaele não divulgará mais informações
O paratleta Alesandro Zanardi foi levado novamente para a unidade de terapia intensiva por apresentar "condições instáveis", informou o hospital Valduce. A transferência ocorreu nesta sexta-feira (24) e Zanardi foi levado para o Hospital San Raffaele, de Milão.
"Hoje, diante da instabilidade clínica do paciente Alex Zanardi, depois de oportunas consultas com o dr. Franco Molteni, responsável pelo Departamento de Reabilitação Especializada de Villa Beretta, estrutura pertencente ao Hospital Valduce, onde o paciente está sendo tratado desde 21 de julho, e os especialistas de referência, foi feita a transferência do mesmo, com meios adequados e assistência adequada, até o departamento de terapia intensiva do Hospital San Raffaele de Milão", informa em nota oficial o diretor sanitário do Valduce, Claudio Zanon. Ainda conforme o comunicado, "não serão divulgadas novas informações sobre o caso".
Zanardi havia deixado a UTI do Hospital Santa Maria alle Scotte, localizado em Siena, no dia 21 de julho, onde estava internado desde que sofreu um gravíssimo acidente com sua handbike em 19 de junho, e levado para a clínica de reabilitação neurológica em Costa Masnaga.
Segundo os médicos, a transferência foi possível por conta da incrível recuperação de Zanardi e de um "percurso de estabilidade de suas condições clínicas e dos parâmetros vitais" desde o início do processo de retirada de sedação.
O ex-piloto de Fórmula 1 passou por três cirurgias em Siena, tanto neurológicas como de reconstrução dos ossos da face e foi mantido por mais de 20 dias em coma induzido.
Conforme testemunhas, Zanardi se perdeu em uma curva durante um evento esportivo, criado por ele mesmo, e bateu de frente com um caminhão. O Ministério Público está investigando o caso.
O paratleta é considerado um exemplo de superação no esporte. Em 2001, o piloto sofreu um grave acidente durante uma prova da CART, precisando amputar suas duas pernas.
Após uma longa recuperação, ele voltou a pilotar carros no WTCC e seguiu para o paraciclismo, categoria onde conquistou quatro medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres e do Rio de Janeiro, e outras duas de prata.