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Alvo de operação que apura manipulação de resultados, jogador da Chapecoense nega participação no esquema

Empresário do atleta afirma que jogador não tem qualquer envolvimento com organização criminosa que manipula resultados esportivos

18 abr 2023 - 13h13
(atualizado às 14h23)
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O zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense, que é um dos alvos da Operação Penalidade Máxima II, do Ministério Público de Goiás, negou, por meio de seu empresário, qualquer envolvimento com organização criminosa
O zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense, que é um dos alvos da Operação Penalidade Máxima II, do Ministério Público de Goiás, negou, por meio de seu empresário, qualquer envolvimento com organização criminosa
Foto: Reprodução/Instagram

O zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense, que é um dos alvos da Operação Penalidade Máxima II, do Ministério Público de Goiás, negou, por meio de seu empresário, qualquer envolvimento com uma organização criminosa que tem atuação especializada na manipulação de resultados esportivos de jogos de futebol profissional - incluindo o Brasileirão Série A. 

Ao Terra, o assessor e empresário do atleta, Lucas Reis, afirmou que o jogador está sendo investigado porque pode ter recebido uma ligação com proposta para participar do esquema, porém, o jogador, segundo ele, jamais aceitaria a proposta

"Além de ser empresário e assessor de Victor, sou amigo dele praticamente de infância e conheço o caráter e coração tanto dele, quanto da família dele. O pai dele é prefeito do interior do estado da Bahia, são pessoas de um caráter inexplicável e de um coração muito bonito, o que já resume muito quem é o Victor. Ele não precisa disso, porque é muito bem resolvido financeiramente, tem uma família bem estruturada", explicou o empresário. 

"Então com muita convicção destacamos que ele não participou de nada. Ele está sendo realmente investigado, porque pode ter recebido uma ligação de proposta, porém, nunca aceitaria participar disso. Ele nunca participaria desse esquema, não comprometeria a carreira e o clube dele", acrescentou Lucas Reis. 

Em nota, a Associação Chapecoense de Futebol também destacou confiar na integridade profissional do atleta e reiterou o seu posicionamento totalmente contrário a qualquer tipo de situação que envolva a manipulação de resultados de jogos. "O clube entende que tais condições são totalmente antidesportivas, ferindo os valores éticos e morais da modalidade", afirmou.

"A respeito da “Operação Penalidade Máxima” e do cumprimento do mandado relacionado à ela em Chapecó – envolvendo um jogador do clube – a agremiação alviverde reforçou o seu apoio e, principalmente, a confiança na integridade profissional do atleta", acrescentou o clube.

Por fim, tendo em vista as investigações, o clube destaca o seu compromisso em colaborar totalmente com as autoridades e oferecer todo o suporte e informações necessárias na apuração e esclarecimento do caso.

Operação Penalidade Máxima

A Operação Penalidade Máxima II, deflagrada nesta terça-feira, 18, cumpre três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de seis estados, expedidos pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores. 

Os mandados estão sendo cumpridos em Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).

De acordo com o MP, há suspeitas de que o grupo criminoso tenha concretamente atuado em pelo menos 5 jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022, assim como em 5 partidas de Campeonatos Estaduais, entre eles, os campeonatos Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista, todos deste ano.

Conforme já apurado pelo MP, o grupo criminoso atuou mediante cooptação de jogadores profissionais de futebol, com oferta de valores entre R$ 50 mil a R$ 100 mil aos atletas para que eles cometessem eventos determinados nos jogos.

A investigação indica que as manipulações eram diversas e visavam, por exemplo, assegurar a punição a determinado jogador por cartão amarelo, cartão vermelho, cometimento de penalidade máxima, além de assegurar número de escanteios durante a partida e, até mesmo, o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo. 

Há indícios de que as condutas previamente solicitadas aos jogadores visam possibilitar que os investigados consigam grandes lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, utilizando, ainda, contas cadastradas em nome de terceiros para aumentar os lucros. 

Fonte: Redação Terra
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