Contra "melhor Chile da história", Martino aposta na rodagem
O Chile tem jogado um futebol espetacular na Copa América e chega à final empurrado pela euforia de todo um país, ansioso com a grande possibilidade de conquistar um título pela primeira vez na história da seleção. Do outro lado, porém, a Argentina comandada por Tata Martino é um time que também está sedento por um troféu, e já tem a experiência de ter jogado uma decisão. Para o treinador, isso pode fazer a diferença contra os talentosos donos da casa.
"Há uma questão na parte emocional. Há 11 meses, esses atletas jogaram a final da Copa do Mundo, por isso eles têm muito claro na cabeça o que vão encontrar. Esses são os jogos em que a importância do resultado final te faz esquecer a forma de encarar o jogo", disse Martino, exaltando o time treinado pelo compatriota Jorge Sampaoli.
"Essa geração vai ficar para a história como a melhor geração que o Chile já teve. Os objetivos que eles planejam são muito altos. A intenção do Chile será sempre a mesma, buscar o jogo. Eles insistem com uma ideia (de jogo) há muito tempo", elogiou.
Se os jogadores argentinos têm a rodagem da final contra a Alemanha no ano passado ainda fresca na memória, o próprio Martino tem uma bagagem ainda maior quando se trata de Copa América: na edição 2011, ele dirigia a seleção do Paraguai, que foi derrotado na decisão pelo Uruguai. Agora, no comando de seu próprio país, ele tem uma segunda chance de levar o título continental.
"Pelo lado da experiência, creio que me serve já ter enfrentado uma final de Copa América", reconheceu ele, que também levou o Paraguai às quartas de final da Copa do Mundo de 2010, quando foi eliminado pela eventual campeã Espanha.
Ao lado do treinador, o atacante Sergio Agüero também reconheceu que o fato de ter perdido a Copa do Mundo de 2014 significa tanto experiência quanto pressão extra pelos lados da Argentina.
"Faz muitos anos que não se ganha nada, e toda a pressão é nossa. Em dois anos, estivemos em duas finais, e agora temos a grande oportunidade de conquistar o objetivo. Não sei se é um costume (chegar a finais), mas tomara que seja sempre assim", disse o jogador, artilheiro do time na Copa América com três gols. Será o fim da longa fila de 22 anos sem títulos da seleção principal?