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Norte-coreanos saem sem medalha, mas empolgam torcedores

21 fev 2018 - 10h35
(atualizado às 10h57)
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A Coreia do Norte não será a única nação a sair da Olimpíada de Inverno de Pyeongchang sem medalha, mas é um dos poucos nanicos dos esportes de inverno que foram saudados com entusiasmo por onde quer que passassem.

Quando Kim Ryon Hyang, atleta de esqui alpino de 25 anos, ficou com o último lugar na competição feminina de slalom, líderes de torcida norte-coreanas tomaram a iniciativa de uma grande ovação.

Equipe de torcida da Coreia do Norte durante Olimpíada de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul 20/02/2018 REUTERS/Damir Sagolj
Equipe de torcida da Coreia do Norte durante Olimpíada de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul 20/02/2018 REUTERS/Damir Sagolj
Foto: Reuters

A pequena Kim se mostrou radiante depois da prova, tirando fotos com fãs e acenando empolgada para a plateia.

As líderes de torcida, que superam o número de atletas de seu país na proporção de 10 para 1, foram onipresentes onde quer que os 22 atletas norte-coreanos competissem.

Elas se destacaram principalmente quando jogadoras da Coreia do Norte se juntaram a colegas da Coreia do Sul em um time feminino unificado de hóquei no gelo, a primeira equipe a participar de uma Olimpíada com membros das duas Coreias.

A técnica do time, a canadense Sarah Murray, escalou seis das 12 jogadoras norte-coreanas em todos os cinco jogos. Só uma delas, Kim Un Hyang, jogou todos eles.

Paixão da Finlândia por tricô faz sucesso em Pyeongchang:

A dupla de patinação artística Ryom Tae Ok e Kim Ju Sik, os únicos norte-coreanos que se classificaram diretamente para os Jogos, eram a maior esperança de sua nação. Os outros esportistas participaram graças a vagas especiais, parte dos esforços diplomáticos de reaproximação de Seul com o vizinho do norte.

A dupla ficou em 13º lugar entre 16 concorrentes, superando a dupla sul-coreana formada por Kim Kyu-eun e Kam Alex Kang-chan.

"Ainda há muitas coisas para fazer... parece que ainda nos falta experiência e garra. Vamos fazer melhor", disse Kim Ju Sik a repórteres.

A Coreia do Norte chegou aos Jogos com mais um grande obstáculo: algumas das sanções internacionais mais rigorosas do mundo.

Incapaz de obter seu próprio equipamento esportivo de última geração, a delegação o pegou emprestado das federações internacionais de esqui, patinação e hóquei no gelo -- com a condição de que o devolvesse antes de voltar para casa.

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