Ricardo Guimarães fala em 'olhar o lado de todos' no futuro dos atletas do Atlético-MG e garante time competitivo
Empresário falou em exclusiva ao LANCE! no evento de lançamento da parceria entre o Coimbra, clube do qual é presidente, e o Benfica, de Portugal
Depois de um ano mágico no Campeonato Brasileiro, o Atlético-MG já virou a chave e tem um novo objetivo em mente: a final da Copa do Brasil. No entanto, com o alto nível de atuações vem também as especulações sobre saídas e chegadas. Em entrevista exclusiva ao LANCE! no evento de lançamento da parceria do Coimbra, clube do qual é presidente, e o Benfica (POR), o empresário Ricardo Guimarães projetou o futuro. Ele é presidente do BMG, ex-mandatário do Galo e um dos responsáveis por ajudar financeiramente.
- Não foi o objetivo fazer um time para ser campeão e ter um grande desempenho no ano e sumir. Depois afundar. Não é isso. Estamos fazendo um time que seja sustentável, um trabalho profissional que estamos buscando. Que no futuro o Atlético seja protagonista todos os anos. Não sabemos se vai ganhar títulos todos os anos, mas queremos competir. A tranquilidade que podemos falar para o torcedor é que de agora para frente teremos times competitivos - afirmou.
- Se terá a manutenção e forem os mesmos jogadores, bom, tomara que seja. Mas tem negociação, tem que olhar o lado do clube. Para o time ser auto sustentável ele precisa negociar jogadores também. E os atletas merecem, recebem mais valorização, podem receber salários melhores. Tem que olhar o lado de todos. O que podemos tranquilizar o torcedor é que será competitivo e teremos time para disputar os campeonatos do ano que vem - completou.
Ricardo é atual membro do órgão colegiado e está ao lado de Rubens e Rafael Menin, da MRV, e Renato Salvador na reconstrução do Atlético. A ideia é que o clube caminhe com as próprias pernas a partir de 2026. Para o empresário, passar uma temporada sem conquistar títulos não vai frear os planos de o Galo ser autossustentável e o bicampeonato brasileiro, de certa forma, "alivia" a pressão sofrida pela gestão para dar resultados após os altos investimentos.
- Nós tivemos bastante sorte, fizemos a nossa parte, mas fomos abençoados de conseguir fazer uma campanha maravilhosa dessa. Para nós era muito importante ser campeão esse ano, pois nos daria tranquilidade e tiraria a pressão, além de dar credibilidade para fazermos nosso trabalho. Conquistamos o campeonato esse ano, temos condição de levar mais um importante - pontuou.
- De agora para frente, claro que sempre queremos ganhar, mas já aliviou a pressão e dá para fazer um trabalho. Esperamos ganhar, mas não é tão decisivo. Obviamente ganhar ajuda, porque vai receber uma premiação, classificar para a Libertadores, chegar à final da Copa do Brasil. Isso ajuda muito, até para adiantar o processo de transformação, mas não acho que seja decisivo. Decisivo é essa nossa mentalidade, a profissionalização e o projeto para tornar o clube sustentável - concluiu.
Além do Brasileiro, o Atlético tem a oportunidade de ser bicampeão também na Copa do Brasil. O primeiro jogo diante do Athletico-PR, em Belo Horizonte, é neste domingo, às 17h30, no Mineirão. Já a partida decisiva em Curitiba será no dia 15, quarta-feira, às 21h30.
- Acho que esse time do Atlético-MG já está na história, sinceramente. Com a campanha, não só no Brasileiro, mas pelo aproveitamento ao longo do ano todo. Não somos nós falando, mas os números. É o melhor aproveitamento que um clube brasileiro já teve. O Flamengo teve uma grande campanha, talvez inigualável em 2019, mas aí foi no campeonato. Eu falo do ano. Isso o transformou em um time épico, que marcou época do futebol mineiro e brasileiro. Se ganharmos a Copa do Brasil vai se consolidar mais ainda. Já tivemos outros times que acabaram não sendo campeões. E o Atlético pode conseguir números inéditos, defesa menos vazada, artilheiro. Considero um time que já marcou a história do Galo e do futebol brasileiro - analisou.