Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE
Logo do Atlético-MG

Atlético-MG

Favoritar Time

STJD interdita Arena MRV e Atlético-MG vai jogar com portões fechados após tumulto na Copa do Brasil

Estádio foi palco de atos de violência e vandalismo durante o segundo jogo da final, incluindo arremessos de bombas e tentativas de invasão de campo

12 nov 2024 - 08h09
(atualizado às 14h51)
Compartilhar
Exibir comentários

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aceitou a denúncia da Procuradoria contra o Atlético-MG e pediu a interdição da Arena MRV por causa dos atos de violência e vandalismo por parte da torcida atleticana no segundo jogo da final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, no domingo, em Belo Horizonte. A partida foi vencida por 1 a 0 pelos cariocas, que garantiram o pentacampeonato do torneio nacional.

O presidente Luís Otávio Verissimo determinou também que o clube jogue suas partidas com portões fechados. A medida estará em vigor até que o clube comprove a adoção de medidas necessárias e suficientes para garantir a segurança na Arena MRV.

Em nota oficial, o Atlético-MG lamentou o episódio e disse que vai trabalhar para a situação não se repetir. "É inadmissível o que aconteceu na Arena MRV. Não vamos nos isentar de culpa, erramos e vamos assumir. Vamos implementar novas medidas, mais duras, para que isso não se repita dentro da nossa casa", afirmou Bruno Muzzi, CEO do clube.

"Não vamos nos isentar de culpa, erramos e vamos assumir. Iremos estabelecer medidas mais duras no nosso protocolo de segurança. Aquela selvageria não pode mais acontecer. Vamos nos defender na esfera da Justiça Desportiva e esperamos a punição seja nos mesmos moldes das aplicadas em casos similares".

Com uma Medida Inominada, a Procuradoria pediu que o clube mineiro dispute suas próximas partidas como mandante em outro estádio, e com os portões fechados, até que a denúncia seja julgada pelo STJD. O próximo confronto do Atlético-MG em Belo Horizonte será contra o Botafogo, dia 20, pelo Brasileirão, em prévia da finalíssima da Libertadores.

A denúncia cita "a incapacidade do Atlético em manter a ordem e a segurança na praça desportiva", classificando como "lastimáveis" e "gravíssimos" os arremessos de bombas e outros objetos em campo, além da invasão por parte de torcedores no gramado. O clube também será multado, em valores que podem chegar a R$ 100 mil.

Uma das bombas arremessadas em campo atingiu o fotógrafo Nuremberg José Maria, de 67 anos, que precisou ser internado. Ele fraturou três dedos, além de ter rompido tendões e sofrido um corte o pé. Segundo o Atlético, o profissional foi visitado pelo presidente Sérgio Coelho, e o clube se ofereceu para custear todos os gastos médicos.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) abriu um inquérito para apurar o crime. Outros dois artefatos foram atirados próximos dos jogadores Gonzalo Plata, autor do gol da vitória por 1 a 0, e o goleiro Rossi. O Atlético informou que já identificou parte dos infratores, que serão punidos pelo clube "de forma severa". Segundo a direção, 16 torcedores foram conduzidos pela Polícia Militar, sendo que 12 foram detidos por conta de incitação de tumulto, ameaça e caso de injúria racial.

Segundo Raphael Paçó Barbieri, sócio do CCLA Advogados, as punições podem ser diversas. "Os fatos ocorridos no último domingo podem resultar em sanções disciplinares ao Atlético, que vão desde multa de até 100 mil reais, como a interdição e perda de mando. Mas, além disso, do ponto de vista legal, o clube ainda pode ser condenado a indenizar os torcedores e os profissionais que foram lesados. Com base na Lei Geral do Esporte, a responsabilidade pela segurança do evento é dos organizadores, e neste caso, entendo que deve ser compartilhada entre CBF e clubes", afirma.

"Existe a pena disciplinar de perda de mando, e essa seria dada pelo STJD. Mas existe a possibilidade da Federação ou a CBF interditarem o estádio por entenderem que não tinha as condições de segurança necessárias. Isso não seria uma sanção disciplinar", conclui.

De acordo com a súmula do árbitro Raphael Claus, bombas foram arremessadas em direção ao gramado por quatro vezes: aos 9, aos 49, aos 50 e aos 52 minutos de jogo. Claus também relatou arremessos de copos aos 6, aos 45, aos 51 e aos 82 minutos da partida. Todos vieram da torcida mandante, disse o juiz.

Claus também registrou duas ocorrências de lasers que tentavam prejudicar a visão de Rossi, goleiro do Flamengo. Além disso, houve paralisação de sete minutos após o gol do Flamengo, por causa de objetos jogados nos jogadores. Foi nesse momento em que um torcedor invadiu o gramado.

Com o vice na Copa do Brasil, o Atlético-MG foca na final da Libertadores, dia 30 de novembro, contra o Botafogo. Para não correr o risco de ficar fora da próxima edição do torneio continental em caso de um novo revés, a equipe terá de se reerguer no Brasileirão por uma vaga na competição sul-americana. O time mineiro está na 11ª posição, com 41 pontos, e faz dois jogos atrasados nesta Data Fifa: encara o Flamengo, nesta quarta-feira, 13, no Rio; e enfrenta o ameaçado Athletico Paranaense, em Curitiba, no sábado, 16.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade