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Atletismo

Apoio incondicional dos pais aos filhos é um dos destaques da 27ª edição da São Silvestrinha

16 dez 2023 - 19h18
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A corrida mais aguardada pela criançada finalmente retornou. Após hiato de três anos, a São Silvestrinha, evento infanto juvenil para crianças e jovens de 4 a 17 anos, voltou a acontecer. A 27ª edição foi realizada na manhã deste sábado, sob forte calor, na pista do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa Marechal Mário Ary Pires, na capital paulista.

Francinele Bernardo Paiva é mãe de Allana Bernardo Peixoto, de 16 anos, que foi a grande campeã dos 600m feminino. Francinele destacou que a escolha do atletismo partiu da adolescente e deixou claro que, apesar dos obstáculos, sempre ajudará a filha a seguir os sonhos.

"É bem complicado, mas o sonho vale mais do que qualquer esforço. Se nossos sonhos fossem fáceis, nós não estaríamos aqui. A Allana pediu para correr com 10 anos, e de lá para cá, ela tem conseguido manter escola integral, treinando a noite e fazendo pilates. É um desgaste muito grande, até mesmo financeiramente falando", declarou.

"É o que eu sempre falo para ela: que a gente coma um arroz e um feijão, mas que seu sonho seja mantido. Porque correr não é só chegar na pista e correr. Por trás do correr existe um sonho, uma determinação, algumas coisas que você precisa deixar de lado para saber qual o seu foco. É muito gratificante para mim. Todo o meu esforço, todo o esforço dela… não é fácil. É algo que você tem que abrir mão de muitas coisas. Mas eu falo para ela: abre mão de tudo, menos do seu sonho. E eu estou aqui mesmo para realizar o sonho dela", complementou a mãe de Allana.

Francinele ressaltou, ainda, que a filha terá todo seu apoio no que decidir fazer. "É muito importante, para cada criança, fazer algum tipo de esporte. Esse a Allana pediu. Ela já fez balé, já fez capoeira, já fez outras coisas. Porém, esse ela falou: eu quero correr. Então eu incentivo, mesmo que seja difícil financeiramente. Eu sempre vou manter o sonho da minha filha. Não me arrependo. O sonho dela é estar nas Olimpíadas, no Pan-Americano, e nós vamos estar nessa luta sempre".

Já Maria Luisa, de 9 anos, participou da São Silvestrinha pela primeira vez neste sábado junto de toda a família. A pequena esteve na prova de 200m para correr junto da mãe, Larissa, e contou que se inspirou no pai, Fernando - que também já correu a São Silvestre.

"O meu marido corre, então ele tinha visto que as inscrições abriram e falou para inscrever a Malu e corrermos com ela. Foi muito gostoso, a primeira vez de muitas", disse a mãe da garotinha. "Eu gosto de correr, adorei a experiência, foi muito bom", complementou Maria Luisa.

"Eu já corro a São Silvestre faz alguns anos. Eu acho que o exemplo acaba motivando todo mundo em casa. Além de significar um jeito de trazer mais saúde para a nossa vida, é um jeito de criar alguns desafios e aproveitar a nossa cidade, que é maravilhosa. E tem toda essa tradição, já estamos indo para a 98ª São Silvestre, então por que não dar esse estímulo dentro de casa? Ver minha esposa e minha filha correndo é um motivo de muita alegria", afirmou Fernando.

Organizador da São Silvestrinha, Erick Castelhero também evidenciou a importância da corrida infanto juvenil para incentivar as crianças e os jovens a praticar esportes.

"O objetivo é levar às crianças à iniciação esportiva. O esporte traz muito a questão de disciplina, ética, responsabilidade e respeito ao próximo. Então além de uma prática esportiva, isso é um exercício de vida. E aí cada um desenvolve isso como pode. O que a gente tem procurado ao longo desses 27 anos é isso. É proporcionar um espaço esportivo para que as crianças se desenvolvam na vida", disse o profissional.

Idealizada pelo jornalista Júlio Deodoro de Souza, a São Silvestrinha nasceu em 1994 como proposta de ser a versão infanto juvenil da mais importante prova de rua da América Latina, a Corrida Internacional de São Silvestre.

Foto: Gazeta Esportiva

Larissa, Maria Luisa, Maria Fernanda e Fernando Gomes, respectivamente

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