Bolt sobre Seleção: "não é o time forte que costumava ser"
Usain Bolt está no Rio de Janeiro. Contudo, ainda não é para competir oficialmente e fazer a tradicional celebração de raio após uma de suas muitas vitórias. No Brasil para compromissos publicitários, o velocista jamaicano encontrou o Terra e já mostrou que tem traçado seus planos para 2016: manter as medalhas de ouro das provas que domina.
Contudo, o astro mundial, que tem no futebol o maior passatempo, lamentou o fato de os Jogos do Rio não contarem com um espaço para os atletas do atletismo treinarem após o fechamento do Célio de Barros, e espera mudanças sobre o assunto.
"É uma situação muito triste. Eu espero que as pessoas planejem mudar isso, que as confederações possam fazer algo. Uma vez nos Jogos Olímpicos é bom você estar lá preparado e não porque você não teve as facilidades devidas para isso para estimular (os atletas) do País", comentou o jamaicano.
Na conversa com o Terra, Bolt abordou a alegria em correr, hobbies - o futebol tem evoluído tanto em sua vida diária que especula-se até que o velocista jogue pela Jamaica -, e lendas que inspiraram o ainda jovem atleta. Houve até tempo de falar sobre o que ocorreu com a Seleção Brasileira no vexame para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014.
Veja a entrevista completa do Terra com Usain Bolt:
Terra: Prazer te conhecer. Qual a sensação de estar de volta mais uma vez? Correr hoje em dia para você nada mais é do que se divertir?
Usain Bolt: Para mim o mais importante é a praia, é ter uma pista na areia. Eu acho isso excitante. Na primeira vez que eu vim para cá foi incrível estar na praia, em uma pista aberta. É uma vista incrível, com ótima atmosfera. Correr para mim é alegria. Acho que você nunca deve fazer algo que não gosta e eu realmente gosto de competir.
Terra: Hoje em dia o que você faz além disso para se divertir? Continua tocando seu reggae como DJ?
Usain Bolt: Com certeza, mas, na verdade, agora eu estou mais para o futebol. Eu fui para Carnival (recentemente) e foi ótimo (se especula que ele pode jogar pela seleção de futebol da Jamaica em 2018). Eu continuo andando de bicicleta, jogando videogame com os meus amigos e relaxando.
Terra: E os Jogos Olímpicos de 2016? Baixar o tempo de 19 segundos nos 200 metros vai ser o seu grande objetivo?
Usain Bolt: Eu já tentei fazer isso antes. Todos os anos eu vou tentar quebrar isso. E eu acho que quando eu chegar no Rio de Janeiro meu único foco vai ser vir para cá e defender os meus títulos. Isso é o mais importante, e não se preocupar com os recordes durantes os Jogos. Mais importante é focar na vitória.
Terra: Você mencionou na coletiva de imprensa que espera que os Jogos aqui sejam ótimos, mas você sabia que os atletas do atletismo não têm um local apropriado para treinar aqui (com o fechamento do Célio de Barros)?
Usain Bolt: Eu fui informado há pouco sobre isso.
Terra: O você acha disso?
Usain Bolt: É uma situação muito triste. Eu espero que as pessoas planejem mudar isso, que as confederações possam fazer algo. Uma vez nos Jogos Olímpicos é bom você estar lá preparado e não porque você não teve as facilidades devidas para isso para estimular (os atletas) do País.
Terra: Já ouvi você dizer em algumas entrevistas que se considera uma lenda do esporte. Mas quem foram as lendas do esporte para o Usain Bolt antes de você ficar famoso?
Usain Bolt: Para mim, o maior foi Michael Johnson (americano dono de quatro ouros olímpicos e oito vezes campeão mundial).
Terra: Você viu a Copa do Mundo? Vou o que aconteceu com a gente contra a Alemanha? Como acompanhou tudo?
Usain Bolt: Acho que, com o passar dos anos, (o Brasil) não é mais o time forte que costumava ser. Acho que o poder de ataque também não foi mais o mesmo. Você precisa de jogadores mais veteranos para motivar os outros jogadores, então acho que é isso. As coisas às vezes funcionam bem, às vezes não.