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Atletismo

Campeão da S. Silvestre vira tradutor e repórter em coletiva

31 dez 2014 - 11h42
(atualizado às 13h16)
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Dawit Admasu foi o campeão da São Silvestre de 2014
Dawit Admasu foi o campeão da São Silvestre de 2014
Foto: Sergio Barzaghi / Gazeta Press

Como é tradição, a São Silvestre foi dominada por corredores do continente africano, que cravaram as primeiras posições tanto no masculino e no feminino. Entre os homens, o etíope Dawit Admasu se sagrou com o melhor tempo na tradicional prova da Avenida Paulista. O trabalho dele, contudo, não acabou na linha de chegada: após os 15 km, o africano teve que ajudar os organizadores na coletiva, fazendo trabalho de tradutor e repórter. 

O pódio totalmente africano criou uma grande dificuldade para jornalistas e a organização da prova: muitos deles pouco falam inglês, esboçando apenas palavras como "obrigado", "feliz" e "amo São Paulo". A campeã do feminino, a também etíope Ymer Wude Ayalew, contudo, sequer falava algo na considerada língua mundial. Sobrou para seu conterrâneo sentar ao seu lado, conversar com a vencedora e traduzir a entrevista. 

Os dois campeões ficaram falando por cerca de um minuto, até a tradutora da organização, que domina apenas o inglês, buscar com o vencedor masculino o tanto que foi falado. A resposta para os jornalistas rendeu risos, já que depois da fala até longa entre ambos, a aguardada declaração era bem resumida: a africana apenas reclamou da dificuldade por estar "muito calor" em São Paulo. 

Houve ainda mais uma resposta, na qual Admasu traduziu que Ayalew estava feliz com o resultado, já que em sua terceira São Silvestre conseguiu novo resultado positivo: havia sido campeã em 2008 - a organização alega ser 2009 - e ficou em segundo lugar em 2011.

A confusão aumentou logo depois. Como as palavras só eram ditas em voz alta pela tradutora da prova, os canais de televisão reclamaram por não terem uma declaração oficial em vídeo. A campeã da São Silvestre, então, teve que finalmente fazer sua voz soar na coletiva. Bastante timída, começou falando "obrigado" em inglês e desatou a conversar no dialeto etíope, que apenas o campeão masculino, é claro, entendeu. 

O único a conseguir comentar mais sobre a experiência para os jornalistas foi o terceiro colocado masculino, Fabiano Naasi. "Gosto de São Paulo porque as pessoas incentivam. Você passa por elas e falam: 'vai', 'vamos lá', mais rápido'. Em outras cidades do mundo as pessoas se afastam da gente", contou, em inglês, o sorridente e desinibido corredor.

Fonte: Terra
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