Alimentos anti-inflamatórios ajudam a proteger o organismo
O processo inflamatório local acontece com os microtraumas que ocorrem nas fibras musculares após exercícios físicos. Esses microtraumas são temporários, reversíveis e fazem parte das etapas de reparação do tecido. "E introduzindo alimentos com poder anti-inflamatório é possível potencializar a recuperação dessas fibras e evitar lesões, trazendo benefícios para a melhora do desempenho e para a saúde de quem pratica atividades físicas", orienta Karina Pimentel, nutricionista clínica e funcional, de São Paulo (SP).
Entre os alimentos com propriedades anti-inflamatórias estão gengibre, cúrcuma, tomate orgânico, alho, pimenta, maracujá, romã, frutas vermelhas, chá verde, azeite de oliva, linhaça, chia e peixes como sardinha, arenque, cavala, salmão e truta. "Estudos indicam que a ingestão de curcumina (presente na cúrcuma ou no açafrão da terra) pode diminuir a lesão muscular e a inflamação decorrente dos treinos e aperfeiçoar a perfomance. Enquanto o gengibre apresenta ações antimicrobiana, antioxidante, hipolipidêmica, antitumoral e ainda tem efeitos benéficos para o sistema cardíaco", pontua Karina. Também inclua peixes nas refeições duas vezes por semana e uma colher de sopa de chia ou linhaça uma vez por dia, além de colocar no cardápio diário uma fruta vermelha ou roxa.
"Existe uma escala que vai do positivo ao negativo. Quanto mais negativo for o número, maior o teor inflamatório do alimento. O salmão, por exemplo, tem o índice de 901, ou seja, é altamente anti-inflamatório. Já a taxa da batata frita é -176", analisa Rachel Francischi, nutricionista e mestre em biologia funcional e molecular na área de bioquímica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), de São Paulo (SP).
Ela lembra que essa tabela é construída a partir de combinações entre os prós e contras dos alimentos e ressalta ainda que é importante não estabelecer uma dieta restritiva, principalmente para quem pratica atividades físicas e necessita de um maior aporte de energia. O indicado é sempre dosar os nutrientes e moderar o consumo de produtos ricos nas chamadas "calorias vazias", ou seja, com alto valor energético e com elevadas quantidades de açúcar e gordura, por exemplo, mas pobres em nutrientes.
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