Veja o cardápio ideal para o pré e o pós-treino de corrida
Uma boa alimentação é fundamental para a manutenção da saúde. Para o praticante de corrida, porém, é ainda mais importante, pois ela é responsável pelo aporte da energia necessária aos treinos e também pela recuperação adequada. Por isso a alimentação interfere diretamente no desempenho do corredor.
Segundo a nutricionista Mônica Forte, especialista em bioquímica, fisiologia, treinamento e nutrição desportiva pela Universidade de Campinas (Unicamp), seja para o praticante de atividade física seja para pessoas sedentárias, o ideal é fazer de cinco a seis refeições ao dia, com intervalo máximo de três horas entre elas. "Para os praticantes de corrida, também é importante acrescentar uma refeição pré e pós-treino", salienta a nutricionista.
Mônica explica que o nosso organismo funciona melhor e produz mais energia quando recebe o aporte vindo dos alimentos em curtos períodos de tempo. "Quando há privação de comida, isto é, o jejum prolongado, o corpo utiliza o músculo para ter energia (perda de massa magra) e armazena gordura quando lhe for ofertado qualquer alimento. Esse desequilíbrio é muito prejudicial para o organismo, tanto para a saúde quanto para o rendimento esportivo", adverte.
O ideal, portanto, é dividir as refeições em café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia opcional. As grandes ou principais (café da manhã, almoço e jantar) devem conter todos os três grupos de alimentos: carboidratos (pão, torrada, cereal, arroz, macarrão, batata); proteínas (leite e derivados, carne, frango, ovo, peixe e leguminosas - feijões, soja, lentilha, grão de bico); vitaminas e minerais (frutas, verduras e legumes). "Já as refeições intermediárias são menores. Então um lanche pequeno é suficiente. Ele pode conter frutas, frutas secas, castanhas, barras de cereal, cookies integrais, torradas e iogurte", comenta a nutricionista.
Já a refeição pré-treino deve ser realizada com no mínimo 20 a 30 minutos de antecedência. Os alimentos indicados para esse momento são as fontes de carboidrato, que irá se transformar em glicose e depois em energia para o músculo. As melhores opções são frutas, cereais, torradas e pão. "Deve-se evitar o consumo de proteína (leite, queijos, carnes em geral), gordura e excesso de fibra, uma vez que esses nutrientes dificultam um pouco a digestão, prolongando o tempo para o fornecimento de energia", alerta Mônica.
Depois o treino, o ideal é se alimentar logo após o término do exercício para otimizar a recuperação dos estoques de energia e do próprio músculo. Para isso, são necessários alimentos fontes de carboidrato e proteína, como pão com queijo e peito de peru ou patê de atum, iogurte com cereal.
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